23/05/07 13h43

"Brazil Conference" reúne 41 empresas em NY

Valor Econômico - 23/05/2007

Aproveitando a onda de investimentos estrangeiros no Brasil - que só na bolsa colocaram R$ 1,735 bilhão (US$ 867,5 milhões) neste ano até dia 18 -, a Itaú Corretora e o Itaú BBA estão reunindo em Nova York mais de 200 investidores internacionais para falar sobre oportunidades no país. A Segunda Conferência Anual Brasil ("2nd Annual Brazil Conference") acontece hoje e amanhã e contará com a presença de 41 empresas brasileiras, quase o dobro das 23 que participaram no ano passado. Destas, mais de 30 estarão representadas por seus presidentes - foram 13 em 2006 -, que irão pessoalmente vender seu peixe aos investidores, afirma Roberto Nishikawa, presidente da Itaú Corretora. No total, o evento deve reunir cerca de 300 pessoas entre empresários e investidores. Cada empresa terá um espaço para receber 13 investidores e falar de seus planos. Além dessas reuniões, haverá também dois grandes painéis sobre os assuntos mais palpitantes para os estrangeiros no Brasil: os mercados de imóveis e de etanol. Para falar sobre as perspectivas do crédito imobiliário no Brasil, que hoje representa apenas 2% do PIB, a corretora convidou o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola. Depois, Sam Zell, presidente da Equity Internacional, um dos investidores mais respeitados no mercado imobiliário internacional, dará uma visão sobre o Brasil. Sobre etanol falará o presidente da associação dos usineiros (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho. O evento é uma forma de o Itaú marcar sua presença como especialista em mercado brasileiro no exterior, afirma Nishikawa. Ele lembra que a corretora já está presente em Nova York desde 2002, com 20 executivos, em Londres desde 2003, com 12 funcionários e, desde o ano passado, atua também em Hong Kong, com 9 pessoas. "Somando todos, temos 41 pessoas, de longe a maior equipe voltada para oferecer investimentos no Brasil no exterior", afirma Nishikawa. Essa presença permite atrair para o evento de hoje os maiores investidores do mercado, desde fundos de pensão até os mais agressivos fundos hedge, e de locais diversos, como Estados Unidos, Europa e Ásia.