15/06/11 11h41

Brasilit vai ampliar a produção de telhas

Valor Econômico

Os investimentos de R$ 160 milhões (US$ 100 milhões) anunciados ontem pela Brasilit farão com que a capacidade produtiva da empresa cresça 40% até 2016. A companhia - que pertence ao braço de construção civil da francesa Saint-Gobain - vai aplicar esses recursos na construção de duas novas fábricas, além de ampliar as unidades já existentes. "Acreditamos que o foco do crescimento do setor de construção está nas habitações populares. Esse mercado vai crescer pela postura do governo de reduzir o déficit habitacional", afirmou o diretor geral da Brasilit, Roberto Luiz Correa.

Cerca de R$ 37 milhões (US$ 23,1 milhões) serão destinados a uma nova unidade, com uma linha de fabricação de telhas onduladas, que deve entrar em operação no segundo semestre de 2013. A obra terá início em 2012 e sua localização ainda está sob análise na empresa: a instalação pode ser feita no Rio de Janeiro ou em Minas Gerais.  A companhia está aplicando ainda R$ 18 milhões (US$ 11,3 milhões) na construção da segunda linha de telhas onduladas em Recife (PE). A fábrica de Capivari (SP), por sua vez, receberá o aporte de R$ 30 milhões (US$ 18,8 milhões), voltados para modernização e ampliação produtiva. Hoje, a empresa tem cinco fábricas - em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará e Pernambuco. Para atender ao mercado do Norte do país, a Brasilit planeja construir mais uma unidade na região.

As telhas onduladas são usadas nas coberturas de casas, principalmente no segmento popular. Elas são feitas de fibrocimento, uma mistura que agrega ao cimento alguns componentes, entre os quais, fibras de reforço. As fibras de reforço da Saint Gobain são feitas de fios sintéticos, substituindo o amianto. A companhia tem três famílias de produtos: telhas onduladas (cobertura), placas planas (fechamentos laterais da construção) e perfis estruturais (cobertura). Uma de suas principais concorrentes é a Eternit, líder na fabricação das telhas de fibrocimento. Segundo Correa, os R$ 160 milhões (US$ 100 milhões) em investimentos virão de recursos próprios. "Eventualmente, a empresa pode analisar linhas de financiamento", completou.