20/01/12 11h30

Brasil vai receber US$ 15 bilhões em investimentos no trimestre

O Estado de S. Paulo

Empresas multinacionais planejam investir cerca de US$ 15 bilhões no Brasil apenas nos três primeiros meses de 2012. A previsão é da Agência de Promoção das Exportações (Apex-Brasil), com base nas informações de projetos que entrarão em vigor até março. Grande parte dos investimentos está sendo direcionada para permitir que empresas possam aproveitar a expansão do consumo brasileiro, além de garantir melhor acesso a matérias-primas. Os números, segundo o governo, revelariam que o País continua sendo atrativo, mesmo com a perspectiva de uma revisão da taxa de crescimento da economia mundial
 
Até novembro de 2011, o volume de investimentos chegou a US$ 60 bilhões e, mesmo a volta de uma recessão na Europa não deve mudar o cenário para 2012 no caso do Brasil.
 
Na Organização das Nações Unidas (ONU), dados que serão apresentados na próxima semana mostrarão também que a elevação de investimentos em países emergentes deve compensar a queda que voltará a ser vista nos países ricos. No ano passado, a entidade havia previsto que os investimentos diretos variariam entre US$ 1,4 trilhão e US$ 1,6 trilhão em 2011 em todo o mundo, uma leve alta em relação a 2010. Mesmo com a retração em várias economias no fim do ano, a ONU ainda prevê que os valores serão próximos à estimativa inicial. O que ameaça mudar é a expansão para 2012. Há seis meses, a previsão era de que o volume poderia chegar a US$ 1,7 trilhão. Diante da volta da turbulência na Europa, a projeção pode ser revista para baixo. Mesmo assim, os economistas na ONU estimam que o fluxo de recursos aos emergentes deve em parte compensar e o ano terminaria com volume superior ao de 2011.
 
Um fator decisivo será o comportamento da China. Em 2011, o país recebeu um volume recorde de investimentos, cerca de US$ 116 bilhões, 9,7% acima de 2010. Mas dezembro viu uma queda acentuada, com uma retração de 12,7% em comparação ao mesmo período de 2010. Novembro já havia também registrado queda, o que faz crescer o temor de que a crise internacional estaria já afetando planos de empresas de investir na China.