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Brasil torna-se nova base para expansão da DuPont

Valor Econômico - 08/10/2007

No Brasil, a empresa iniciou as operações em 1937, com a fabricação de produtos químicos e, no fim dos anos 40, instalou uma fábrica de explosivos em Barra Mansa (RJ) em uma antiga fazenda de goiabas. "Ainda hoje o lugar é conhecido como goiabal devido à sua origem", diz Ricardo Vellutini, presidente da DuPont no Brasil. Reconhecida pela produção de itens como o teflon, o nylon e a lycra, a DuPont agora foca sua estratégia global em produtos "ambientalmente inteligentes". Nesse novo direcionamento, o Brasil ganha importância estratégica. Conforme o executivo, o plano global da empresa tem como meta dobrar as receitas com produtos à base de recursos renováveis, para pelo menos US$ 8 bilhões ao ano. Boa parte dessa expansão ocorrerá no Brasil, país onde a empresa incrementa suas vendas em uma média de 16% ao ano, tendo chegado a US$ 1,1 bilhão em 2006. "O país ganhou importância em função da excelente condição para produzir biomassa com cana-de-açúcar e com madeiras", afirma Vellutini. A DuPont estuda implantar, até meados de 2008, um centro de pesquisas para desenvolvimento de biocombustíveis e polímeros a partir da cana - nos EUA, o trabalho é feito com milho. O centro de pesquisas será instalado no Estado de São Paulo, mas a localização é mantida em sigilo, assim como o valor do investimento. Além da aposta no etanol celulósico, a empresa estuda instalar um grande centro de pesquisas, para desenvolver produtos nas suas cinco áreas de atuação - agricultura e nutrição, tintas, eletrônicos, produtos de alta performance e produtos de segurança e proteção. Hoje a DuPont mantém centros de pesquisas nos EUA, na China (instalado há dois anos) e na Índia, inaugurado recentemente.