Brasil terá mais 25 híbridos-flex até 2027, revela a Bosch
O CEO e presidente da empresa na América Latina, Gastón Diaz Perez, participou do 5º Encontro da Indústria de Autopeças
Auto IndústriaOCEO e presidente da Robert Bosch América Latina, Gastón Diaz Perez, revelou durante o 5º Encontro da Indústria de Autopeças, promovido pelo Sindipeças na manhã desta quinta-feira, 24, no São Paulo Expo, que as montadoras aqui instaladas programam o lançamento de pelo menos 25 modelos híbridos-flex até 2027.
Só em modelos eletrificados com foco no uso do etanol brasileiro são US$ 14 bilhões de investimento, algo na faixa de R$ 80 bilhões, conforme quadro apresentado pelo executivo no evento.
Líder em soluções de eletromobilidade e de tecnologias de mobilidade, incluindo sistemas de direção e freios, a Bosch atende a grande maioria das montadoras mundialmente e no Brasil, acompanhando de perto as evoluções e os principais projetos em andamento no setor.
A marca pioneira no híbrido-flex em termos globais foi a Toyota, que comercializa no Brasil o Corolla e o Corolla Cross com essa tecnologia desde 2019. No final do ano passado a Stellantis lançou os Fiat Pulse e Fastback híbridos flex.
Já é certo que a Toyota investe em mais um modelo do gênero, o Yaris Cross, que chega ao mercado ainda este ano. A Stellantis também deve expandir sua gama, mas nada adiantou sobre os futuros lançamentos com tal tecnologia, assim como a Volkswagen, que tem um centro de desenvolvimento de biocombustível aqui no País.
Especula-se que os híbridos-flex da marca alemã, provavelmente o T-Cross e o Nivus produzidos na fábrica de São Bernardo do Campo, SP, vão chegar ao mercado nos próximos dois anos.
Em palestra no painel sobre 1 ano de Mover, o CEO da Bosch destacou que o Brasil acertou ao deixar as tecnologias em aberto ao invés de apostar em uma única, como fez a Europa com o elétrico.
Também participaram do painel o presidente da Toyota do Brasil, Evandro Maggio, o diretor técnico da Anfavea, Henry Joseph Jr. e o presidente da Tuzzi Sistemas Automotivos, Alexandre Tuzzi. O moderador foi Gábor Deák, diretor de Tecnologia e Sustentabilidade do Sindipeças.
Maggio comentou que o uso de biocombustível nos híbridos pode ser expandido para outros países, revelando que a montadora tem recebido visitas de representantes da Índia, Tailândia, Indonésia e, mais recentemente, da Austrália, todos interessados no etanol.
O executivo também lembrou que a Toyota está investindo na nacionalização do motor a combustão do modelo híbrido-flex, que terá produção em Porto Feliz, SP, já a partir deste ano.
Antes do painel sobre o Mover, Dan Ioschpe, membro do Conselho de Administração do Sindipeças e presidente do Conselho da Iochpe-Maxion, foi o responsável pela palestra magna do evento realizado durante a Automec.
O empresário brasileiro abordou o tema Internacionalização e Sustentabilidade, falando sobre as ações da sua empresa, a Iochpe-Maxion, nas duas áreas. Na sequência participou de debate intermediado pelo presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad.
O segundo painel, sobre Inteligência Artificial, teve a participação do diretor de Operações da Horse Brasil, Wesley Palma, do diretor de Operações da Sabó, Ricardo Ávila, e do vice-presidente de Plataforma da Totvs, Gustavo Bastos. Na moderação do debate, o diretor do Senai, Ricardo Terra.