19/02/10 09h31

Brasil tem papel central nos planos da GM

O Estado de S. Paulo

O Brasil tem papel importante na estratégia da General Motors em voltar à lucratividade ainda este ano. O grupo que, em 2009, passou por processo de concordata e hoje tem a maior parte das ações nas mãos do governo americano, vê nos mercados emergentes uma grande tábua de salvação. Não é à toa que o presidente de Operações Internacionais da GM, Tim Lee, empossado no início de dezembro, escolheu o País como primeiro destino da ronda que pretende fazer por vários dos 80 países que compõem essa nova divisão, criada após a reestruturação que evitou a falência da companhia.

Lee chegou ontem a São Paulo, onde permanecerá até domingo. No mesmo dia, conheceu o centro de desenvolvimento da GM do Brasil, em São Caetano do Sul (SP) e constatou que, dos 16 carros que estão sendo projetados para futuro lançamento, "75% poderão ser vendidos em vários países". O Brasil responde hoje por 20% das vendas totais da divisão internacional e "por significativa fatia dos resultados financeiros", disse o executivo.

Lee prevê que, em dez anos, o Brasil pode ser o terceiro maior mercado mundial de veículos, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Para a GM, o mercado local já ocupa essa posição dentro das operações globais. "Escolhi o Brasil por causa da incrível importância do seu mercado dentro da corporação". O executivo afirmou que a tecnologia flex brasileira pode ser adaptada a outros mercados, e que modelos híbridos e elétricos também terão participação importante nos carros do futuro. Em novembro, a GM deve iniciar a produção em série do elétrico Volt, para início de vendas nos EUA em 2011. Por enquanto, não há planos de vender o modelo no Brasil.