03/04/12 12h01

Brasil subirá para décima posição em geração eólica até 2016

Brasil Econômico

Segundo a Abeeolica, país subirá 10 degraus com a entrada em operação de 7,1 GW em 4 anos

Em menos de quatro anos, o Brasil deve saltar da 20ª para a 10ª posição no ranking dos países que mais investem e com maior capacidade de geração de energia a partir das usinas eólicas. “Temos vantagem comparativa nesse quesito. O vento é bom e é nosso”, defende a presidente da Abeeolica (Associação Brasileira de Energia Eólica), Élbia Melo, que garante que a projeção será confirmada até 2016.

Segundo ela, a busca por novas fontes renováveis de energia tem possibilitado ao Brasil se destacar nesse segmento — que tem recebido, inclusive, incentivos fiscais do governo federal. Élbia lembrou inclusive das opostas nesse tipo de fonte de energia feitas pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ligada ao Ministério de Minas e Energia, e que acredita que o Brasil deve terminar o próximo ano entre os maiores geradores de energia eólica do mundo.

Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o país já tem 7,1 gigawatts (GW) de geração de energia a partir da movimentação do vento contratada para entrar em operação até 2016. E será a partir da concretização dessas usinas que o Brasil deverá saltar da 20ª para a 10ª posição no ranking dos países com maior potência eólica instalada. “Os outros países do mundo devem manter o ritmo de inserção da fonte na matriz observado em 2011. Já em termos de ritmo, por megawatts instalados por ano, o Brasil deve sair de 11º para o 4º ou 5º lugar — isso porque em 2013 devem entrar no sistema elétrico brasileiro 2,3 GW de energia gerada a partir dos novos parques eólicos”, diz.

Apesar do otimismo apontados pelos especialistas, China, Estados Unidos e Espanha detém juntos 60% do mercado mundial gerador de energia eólica. “Mas é bom destacar que a China tem apenas 26% de capacidade e geração, enquanto o Brasil sai à frente com 45%. Esse dado já sinaliza que somos um país promissor”, diz o presidente da Eólica Tecnoliga, Evaldo Feitosa