14/05/12 14h50

Brasil será o 4º maior do mundo em TI

Brasil Econômico

País hoje está em quinto lugar no ranking por volume, com movimento de US$ 209 bilhões

Em dez anos, o Brasil deverá ser o quarto maior mercado mundial de tecnologia da informação e da comunicação (TIC) na avaliação de Antonio Carlos Rego Gil, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

Segundo ele, os volumes movimentados já colocaram o país no quinto posto do ranking em 2011. Mas, ao contrário de perseguir o modelo indiano, apoiado em mão de obra farta e barata, o Brasil quer se sobressar em nichos de maior valor, como o mercado financeiro e governo eletrônico. “O mercado brasileiro é grande e sofisticado”, disse o presidente da entidade.

No ano passado, o segmento movimentou entre US$ 144 bilhões e US$ 198 bilhões, levando o Brasil ao quinto lugar entre os maiores investidores em TIC. Além disso, destaca Gil, o Brasil se destaca com características como a intensidade do uso de tecnologia em segmentos como serviços financeiros — são US$ 10 bilhões de investimentos e 66 bilhões de transações bancárias ao ano —, e governo.

O executivo observou também que o desempenho de setores como óleo e gás e agricultura ao mesmo tempo impulsionou e foi sustentado pela tecnologia e que o País conta com outras riquezas como o perfil diversificado de sua população e sua posição geográfica. Daqui a dez anos, avalia o executivo, o mercado global de TIC e outsourcing passará dos atuais US$ 1,6 trilhão de dólares para US$ 3 trilhões; no mesmo período, o Brasil saltará para US$ 209 bilhões — mas suas exportações de produtos e serviços devem crescer quase dez vezes, saltando dos US$ 2,6 bilhões em 2011 para US$ 20 bilhões em 2022.

A Brasscom está desenvolvendo estudo com a McKinsey para conhecer melhor o cenário da próxima década. Mas, segundo Gil, algumas medidas governamentais já estão estimulando a conquista de uma posição global mais expressiva em TIC. Uma delas é a lei 12.546, que desonerou a folha salarial ao trocar os 20% de contribuição social por 2% de arrecadaçãosobre a receita total.