20/08/09 14h16

Brasil puxa índice econômico na América Latina, indica pesquisa

DCI

O ambiente favorável nas expectativas da economia brasileira para os próximos meses foi o principal fator que levou à melhora no Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina. A coordenadora de projetos do Centro de Estudos do Setor Externo (Cesex-Ibre/FGV), Lia Valls, comentou que o Brasil tem grande peso na economia latino-americana, e qualquer melhora no ICE brasileiro, que avançou de 4,6 pontos para 5,5 pontos, de abril para julho, tem profundo impacto no índice da economia latino-americana. O ICE da América Latina subiu de 3,6 pontos para 4 pontos no mesmo período.

Os dados são da Sondagem Econômica da América Latina, divulgada ontem por meio de parceria pelo Institute for Economic Research at the University of Munich (Instituto IFO) e a Fundação Getulio Vargas (FGV). As instituições consideram resultados acima de cinco pontos como "positivos" e durante a crise, muitos países latino-americanos apresentaram taxas abaixo de cinco, em sua pontuação. Até abril deste ano, a economia latino-americana estava em recessão, de acordo com a pontuação da pesquisa - situação essa que se reverteu em julho, quando o ciclo econômico da América Latina mostra sinais de recuperação, graças principalmente ao Brasil.

Para a pesquisadora, uma das causas que motivaram a melhora nas expectativas da economia brasileira foi a retomada do investimento direto estrangeiro no País, tanto dentro como fora do mercado de capitais. Além disso, ela comentou que, de abril para julho, houve divulgações de relatórios estrangeiros apontando o Brasil como boa opção na carteira de investimentos de longo prazo - como no setor de petróleo, devido às possibilidades nos projetos na área de pré-sal. Além do Brasil, outros quatro países da região estão em recuperação. É o caso de Chile, Colômbia, México e Peru.