10/12/09 15h53

Brasil já representa 10% da receita total da Embraer

DCI

A receita da fabricante de aeronaves Embraer chegará a mais de US$ 500 milhões no fechamento de 2009 apenas com os negócios fechados no País, o que marcará o maior número já conquistado pela empresa no Brasil. Com esse volume, o mercado nacional passou a representar 10% da receita total da companhia, diante de uma média histórica de 3% a 4%.

De acordo com o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, essa participação do Brasil deverá ser mantida, mesmo quando passada a crise. "Isso não é apenas um sinal da retração mundial, mas sim do crescimento do Brasil", afirmou. A contração provocada pela crise, por outro lado, deverá continuar em 2010. Com isso, segundo o presidente da fabricante, a receita global do próximo ano será impactada e deverá ser menor. Mesmo com a retração, Curado confirmou que os investimentos em 2010 deverão ser equivalentes a 2009, em torno de US$ 350 milhões. O executivo salientou que o orçamento da companhia ainda não está fechado.

Um dos destaques da companhia é o segmento de aviação executiva, que em 2009 deverá registrar uma receita estável na comparação com o ano anterior, segundo afirmou o vice-presidente de Aviação Executiva da Embraer, Luis Carlos Affonso. O guidance da companhia era de entregar 110 naves executivas em 2009, mas fechará em 100. Segundo Affonso, ocorreram cancelamentos e adiamentos dos clientes, principalmente de frotistas. Para 2010, Affonso acredita que as entregas de aviões executivos da Embraer possam até superar as de 2009, em virtude da introdução do Phenom 300, cuja produção começará para valer no começo do ano, e do Legacy 650, que deve ficar pronto no terceiro trimestre.