16/06/08 11h21

Brasil ganha novo status entre os grandes grupos

O Estado de S. Paulo - 16/06/2008

O mercado brasileiro de propaganda está no radar dos conglomerados de comunicação global como nunca esteve no passado. A visibilidade obtida com a chegada do grau de investimento acendeu um alerta nos negócios da comunicação. Com a possibilidade de mais dinheiro entrando no País, mais investimentos devem ser feitos em promoção de mensagens publicitárias. O otimismo em relação ao País foi detectado em consultas feitas pelo Estado a alguns dos altos executivos dos maiores grupos globais. "O Brasil representa menos de 20% de nossa receita, mas vem crescendo rapidamente", diz Simon Sherwood, diretor de operações do grupo BBH. E se Sherwood aposta no incremento da sociedade com a agência brasileira NeogamaBBH, o presidente do McCann WorldGroup, John Dooner, não descarta aquisições de novas agências ainda este ano. A McCann-Erickson foi uma das primeiras agências internacionais a chegar ao Brasil, em 1937, e sempre ocupou posição de destaque no ranking das maiores agências em operação no País. "Uma das razões para a nossa confiança no País está no talento dos profissionais brasileiros", diz Dooner. A reputação da criatividade brasileira, somada ao cenário econômico favorável, foi o que motivou Nigel Morris, presidente da rede Isobar Worlwide, a comprar em 2007 a agência Click, de serviços online e, há dois meses, a agência Age, de propaganda tradicional. "Estamos confiantes que poderemos crescer junto com o País", diz. Mais cauteloso na avaliação sobre as perspectivas de seu grupo no mercado nacional, Jean-Marie Dru, presidente do grupo TBWA, diz que, apesar de a rede estar atenta às oportunidades de crescimento por meio de novas aquisições, no Brasil o cenário será um pouco diferente. "Estamos otimistas com o trabalho que temos a fazer com a nova Lew,Lara\TBWA", diz, referindo-se à recente compra de participação majoritária dessa agência.