Brasil fecha acordo de cooperação tecnológica com comunidade europeia de energia atômica

A indústria nuclear brasileira dá um novo passo a frente. Com foco na criação de novas tecnologias para o setor, o governo fechou nesta semana um acordo de cooperação com a Comunidade Europeia de Energia Atômica (Euratom) para o desenvolvimento de energia de fusão, em programa que deverá intensificar a pesquisa científica e a capacidade técnica da cadeia nacional. A parceria prevê o intercâmbio de informações, seminários, políticas e planos de projetos que visam à ampliação de atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Na prática, a cooperação será feita por meio da criação de um novo comitê, que será encarregado de coordenar e supervisionar as operações previstas no acordo. O grupo deverá ser constituído de representantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e do Ministério das Relações Exteriores.

Segundo o acordo, o colegiado irá se reunir anualmente, alternando entre Brasil e União Europeia. A expectativa é de que o projeto amplie a viabilidade da energia de fusão na indústria brasileira, tanto do ponto de vista ambiental quanto da perspectiva social, que ainda representa uma barreira para um maior desenvolvimento da cadeia nacional de geração nuclear.