16/05/11 14h40

Brasil é o 5 maior mercado de trabalho temporário do mundo

DCI

Dentre os países que mais contratam temporários, o Brasil figura na quinta posição do ranking mundial, com 902 mil contratos diários. Estados Unidos (2,01 milhões), Japão (1,1 milhão) e Reino Unido (1,07 milhão), nesta ordem, ocupam os primeiros lugares, segundo a Confederação Internacional das Empresas de Trabalho Temporário (CIETT) na pesquisa recém-divulgada: "The Agency Work industry around the world", edição de 2011. Na composição dos 36 países pequisados, a África do Sul está na quarta posição, lugar anteriormente ocupado pelo Brasil.

O presidente do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem), órgão afiliado à CIETT, Vander Morales, destaca que a realização da Copa do Mundo na África do Sul certamente foi responsável por sua ascensão no ranking mundial. "Sem dúvida, são eventos como estes que impulsionam o setor e abrem inúmeras oportunidades de negócios. Esta é a nossa expectativa também para o Brasil", acredita.

Segundo Morales, o trabalho temporário permite que as empresas ajustem seu quadro de funcionários de acordo com a demanda extraordinária ou sazonal. "A atividade é regida pela Lei 6.019/74, que garante ao temporário os mesmos direitos de um funcionário efetivo. Os contratos têm duração de até três meses e podem ser prorrogados por igual período", diz.

No Brasil, a média de efetivação após uma experiência como temporário é de 37,3%, mostra a 4ª Pesquisa Setorial Sindeprestem/Asserttem (2009/2010). Os setores compradores que mais efetivam esta mão de obra são o da indústria (49,5%), o das telecomunicações (48,5%) e o de comércio e varejo (46%). Entretanto, a partir do término do trabalho temporário as chances de contratação são reduzidas a menos da metade, de 37% para 15%, diz a pesquisa da CIETT. Ainda, de acordo com a entidade, no País o percentual de desemprego diminuiu de 19% para 15% após um contrato temporário.

É importante o trabalho temporário para a empregabilidade, pois esta é uma modalidade de contratação eficiente para empresas e para trabalhadores. Trata-se de um propulsor profissional, primeiro do desemprego para o emprego, e depois, de um contrato temporário para a efetivação.