Brasil e México acertam nova rodada de negociações para ampliar comércio
PROTECNo primeiro dia do Fórum Econômico Mundial para América Latina, que reúne autoridades dos governos e do setor privado até sexta-feira, em Buenos Aires, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, reuniu- se com o secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo. Ambos demonstraram disposição em fortalecer a relação comercial bilateral. O interesse brasileiro é de ampliar o Acordo de Complementação Econômica (ACE - 53) tanto para setores industriais como agrícolas, bem como criar novas regras em temas como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio e barreiras não tarifárias.
Uma nova rodada de negociações ficou acertada para junho, no Brasil. "O acordo ampliado pode representar um marco nas relações bilaterais e uma resposta estratégica às mudanças em curso na região e no mundo", destacou o ministro Marcos Pereira.
Intercâmbio Brasil-México
As exportações brasileiras para o mercado mexicano têm registrado crescimento. Nos primeiro bimestre de 2017, nossas vendas foram de US$ 506 milhões, o que representou um aumento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. No ano passado, o México foi o oitavo país com maior fluxo de comércio com o Brasil, quando os embarques brasileiros totalizaram US$ 3,813 bilhões (crescimento de 6,3% em relação a 2015). No mesmo período, nossas importações do mercado mexicano foram de US$ 3,528 bilhões resultando em superávit de US$ 285,3 milhões para o Brasil.
Os principais produtos brasileiros exportados para o México são automóveis de passageiros (participação de 7,6%), veículos de carga (6,8%), motores para automóveis (6,5%), autopeças (4,1%) e minério de ferro (3,7%). Importamos do México principalmente automóveis de passageiros (16,8%), autopeças (13,4%), ácidos carboxílicos (6,4%), instrumentos e aparelhos de medida e precisão (3,9%) e máquinas automáticas para processamentos de dados (3,1%). Em 2016, 3.369 empresas brasileiras realizaram exportações ao México, um aumento 7% na comparação com 2015.
Peru
Pela manhã, o ministro Marcos Pereira também reuniu-se com o ministro de Comércio Exterior e Turismo do Peru, Eduardo Ferreyros. No último dia 23 de março, o Senado brasileiro aprovou o Acordo de Ampliação Econômico-Comercial, firmado pelos dois governos, que estabelece a liberalização de serviços e a abertura dos mercados de compras públicas. Com a medida, as licitações peruanas de bens e serviços passam a estar abertas para as empresas brasileiras, um mercado de US$ 13 bilhões.
Em 2016, o Brasil foi o terceiro maior exportador mundial para o mercado peruano, atrás apenas de China e EUA. No período, as exportações brasileiras para o Peru cresceram 7,3% em relação a 2015, atingindo US$ 1,9 bilhões e as importações brasileiras daquele mercado foram de US$ 1,2 bilhões, gerando um superávit de US$ 712,5 milhões para o Brasil. Vendemos para o mercado peruano principalmente polímeros plásticos (participação de 5,8%), chassis com motor para automóveis (5,5%), veículos de carga (5,1%), máquinas e aparelhos para terraplanagem (4,6%) e tratores (4,6%). Importamos do Peru produtos como minério de cobre (24,8%), catodos de cobre (12,9%), naftas (12,8%) e minério de zinco (12,8%). No ano passado, 3.177 empresas brasileiras realizaram exportações ao Peru, aumento de 5,9% em relação a 2015.