Brasil e França firmam acordo na área de fármacos e fusão nuclear
Agência CT&IBrasil e França reforçaram nesta quarta-feira (30) a cooperação internacional em pesquisa, desenvolvimento e inovação. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e o Centro Nacional da Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês) firmaram um acordo que a colaboração em pesquisas na área de fármacos e física pelos próximos quatro anos.
O convênio foi assinado durante o "Seminário Cooperações Científicas Franco-Brasileiras em Perspectivas — Estruturas Conjuntas de Pesquisas Internacional". "O CNRS é a maior instituição de pesquisa da França com cerca de 30 mil pesquisadores cobrindo diversas áreas do conhecimento. Essa aproximação vai nos permitir colaborar em áreas fundamentais, como física de partículas e fusão nuclear, mas também em áreas bastante aplicadas como produção de radioisótopos e aplicação de radiofármacos para saúde humana", explica Renato Cotta, presidente da Cnen.
O seminário marcou a celebração dos 40 anos de parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) e o CNRS. Para o presidente da agência de fomento brasileira, Mario Neto Borges, o acordo contribui para a "internacionalização" da ciência nacional. "Nossos parceiros franceses têm um papel e uma posição privilegiada na relação das nossas parcerias internacionais. Agora estamos revitalizando as parcerias com agências francesas para trazer maiores oportunidades para os nossos pesquisadores", disse.
O diretor do CNRS no Brasil, Olivier Fudym, ressaltou que a cooperação franco-brasileira tem propiciado bons resultados nesses últimos anos, entre eles, a conquista da Medalha Fields, considerada o Prêmio Nobel Matemática, recebida pelo pesquisador Artur Avila, do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), em 2014. Com 35 anos de idade, Artur foi o primeiro brasileiro a vencer a Medalha Fields. "Essa vitória foi fruto da cooperação franco-brasileira em matemática", disse.