14/03/08 10h52

Brasil e emergentes puxam vendas da VW

Valor Econômico - 14/03/2008

Com uma produção recorde de 796,9 mil veículos, dos quais 537,9 mil foram vendidos no Brasil, o grupo Volkswagen no Brasil, a maior montadora do país, registrou em 2007 um crescimento de 31,3% em relação a 2006 e, junto com as operações nos demais países que formam o bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) ajudou nos bons resultados mundiais apresentados pela companhia alemã ontem. Em todo o mundo, a empresa registrou vendas de 6,2 milhões de unidades em todo, com receita de 108,9 bilhões de euros, 3,8% maior que no ano anterior. O lucro antes de impostos, de 6,5 bilhões de euros, ultrapassou as previsões. Ao detalhar os resultados financeiros ontem, o presidente mundial do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, revelou que a companhia pretende vender 8 milhões de veículos em 2011, o que representará um crescimento de 30% em comparação com o total do ano passado. Até lá, a companhia planeja lançar 20 novos modelos, incluindo vans, picapes e utilitários esportivos. O maior fabricante de veículos da Europa planeja construir a sua primeira fábrica nos Estados Unidos, um mercado em que a grande maioria das marcas européias têm participações pequenas. A Skoda, divisão do grupo Volks na República Tcheca, anunciou um aumento de lucro de 44% no ano passado. A contribuição dessa divisão para grupo tem sido crescente desde que a Volks a adquiriu em 2001. A montadora não revela o resultado financeiro no Brasil, onde está a sua terceira maior operação. A Skoda tem sido bem-sucedida com modelos específicos para o mercado do Leste Europeu e a filial brasileira deve se destacar ainda mais este ano, quando será lançada uma nova família de carros pequenos totalmente desenvolvida no país. A estratégia confirma declarações do presidente mundial do grupo alemão. Winterkorn disse ontem que os dias em que se fazia um carro para todo o mundo estão "mortos e enterrados". Ele pôs as suas apostas em veículos desenvolvidos para os Estados Unidos, China e Índia, como parte de uma estratégia definida para ajudar o grupo a enfrentar o poderio mundial da montadora japonesa Toyota.