Brasil e China vão ter acordo para prestação de serviços
Folha de S.PauloUm acordo para facilitar o intercâmbio da prestação de serviços entre Brasil e China deve ser assinado pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e seu homólogo chinês no mês que vem.
A previsto é que o entendimento seja firmado no encontro dos Brics programado para acontecer em Goa, na Índia, no dia 18 de outubro.
A expectativa anterior era que isso ocorresse no início deste mês, durante a viagem do presidente Michel Temer à reunião do G20, na China, mas a assinatura foi postergada.
Há cinco anos que o setor pede para que o governo brasileiro busque um entendimento, afirma Luigi Nese, presidente da CNS (Confederação Nacional de Serviços).
"É difícil estabelecer uma relação com empresas chinesas se não tiver um aval do governo deles", diz.
Logística, transporte, serviços financeiros, automação bancária e tecnologia da informação são algumas das áreas nas quais a presença de chineses deve crescer com o acordo, afirma Nese.
A China é o segundo maior importador de serviços do mundo -em 2015, gastaram mais de R$ 1,5 trilhão. O Brasil, R$ 227 bilhões.
Acordos para intercâmbio de serviços implicam reduções de taxas e facilitação da concessão de vistos temporários, diz Izis Ferreira, economista da Confederação Nacional do Comércio, que também representa o setor.
"Esses entendimentos para serviços são uma novidade no mundo e para o Brasil."