Brasil e China se concentram em aproximação de empresas
Com intuito de modernizar parques tecnológicos e trazer investimentos ao País, empresários fecharam parcerias para aportes de US$ 300 milhões
DCIApós uma rodada de negócios entre empresários do Brasil e da China, realizada ontem em São Paulo, foram firmados acordos no valor de US$ 300 milhões, que incluem aportes em setores como tecnologia e veículos.
Desses, cerca de US$ 170 milhões virão da companhia chinesa Dongguan Yongqiang Vehicles Manufacturing, fabricante de caminhões, que passará a se estabelecer na cidade de Bauru.
"Mais do que a finalização dessas parcerias, nosso intuito é colocar a cidade de Bauru na rota do desenvolvimento da China", diz o secretário de desenvolvimento econômico da Prefeitura Municipal de Bauru, Arnaldo Ribeiro.
Outro acordo foi firmado entre a Prefeitura de Campinas e a empresa da cidade chinesa de Shenzhen, a BYD, fabricante de ônibus elétrico e baterias de celulares. O investimento inicial da companhia no município paulista será de R$ 200 milhões, segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo de Campinas, Samuel Rossilho.
Plano estratégico
A previsão é que a chinesa BYD se instale em Campinas no próximo mês de janeiro. "Esse é um projeto muito grande, no qual estamos projetanto aportes de R$ 1 bilhão, o equivalente a US$ 100 milhões", afirma Rossilho.
Ele explica que a busca por parcerias com o setor privado chinês está relacionada com um plano estratégico de investimento na cidade. "Estamos projetando, para os próximos 20 anos, investimentos do setor privado no valor de R$ 100 bilhões, somente na região do aeroporto de Viracopos. Sem considerar os aportes que virão do governo em infraestrutura", diz Rossilho. "Portanto, precisamos trazer empresas de fora que tenham tecnologia a oferecer para que a cidade esteja preparada", completa.
Outros acordos
No evento que, também contou com a presença do prefeito de Dongguan, Yuan Baocheng, foram firmados outros acordos empresariais nos setores de ar-condicionado e umidificadores, elevadores, equipamentos para segurança eletrônica e equipamentos voltados à produção de energia renovável, entre outros produtos.
Parques tecnológicos
Rossilho afirma que empresas de Campinas têm importado bastante de Dongguan, principalmente, elevadores.
"O que nos interessa muito em Dongguan - e que é algo em que estamos muito adiantados - é em relação ao parque tecnológico dessa cidade. Dogguan tem um projeto de exportar, a partir do seu parque tecnológico, cerca de US$ 100 bilhões. [...]Das 30 empresas que estão do Parque de Dongguan, 15 já estão Campinas. Então não é difícil, para nós, criarmos sinergia entre as nossas empresas e as chinesas".
Rossilho diz também que, para incentivar pequenas, o prefeito da cidade, Jonas Donizette (PSB), acaba de enviar um projeto de lei de incentivo fiscal de 5% a 2% no Imposto sobre Serviço (ISS) voltado às aceleradoras da cidade.