Brasil e Argentina planejam parcerias em empreendedorismo e luz síncroton
Agência Gestão CT&IBrasil e Argentina acertaram uma série de compromissos na área de ciência tecnologia e inovação (CT&I). A cooperação bilateral será ampliada com o lançamento de uma chamada pública conjunta para apoiar startups. O edital tem previsão de investimentos na ordem de US$ 500 mil.
O acordo foi selado em reunião do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, com o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina, Lino Barañao. O programa irá incubar e acelerar cinco empresas nascentes de base tecnológica em cada país.
Durante visita a Buenos Aires, Pansera colocou à disposição da comunidade científica argentina dois importantes projetos brasileiros: o supercomputador Santos Dumont e o acelerador Sirius, fonte de luz síncrotron de quarta geração.
O Sirius, nova fonte de luz síncrotron, está no centro da parceria estratégica entre Brasil e Argentina em ciência, tecnologia e inovação. Hoje, 14% dos usuários externos do síncroton brasileiro, o único da América do Sul, são argentinos.
Com a construção da luz síncrotron de quarta geração, o interesse de pesquisadores argentinos cresceu ainda mais. “O Sirius desperta na comunidade cientifica internacional um interesse extraordinário. E há muitas possibilidades de intensificar a cooperação já existente com os argentinos", explicou o diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Carlos Américo Pacheco.
Segundo ele, a cooperação envolvendo o Sirius pode incluir a participação de empresas argentinas no projeto e o lançamento de editais conjuntos para financiamento de pesquisas dos dois países.
O Sirius está em construção numa área de 150 mil metros quadrados (m²) no CNPEM, em Campinas (SP), com expectativa de elevar a competitividade da ciência brasileira. A estrutura inclui um conjunto de aceleradores de elétrons e estações experimentais, chamadas de linhas de luz. Com 19% das obras concluídas, a construção de toda a estrutura deve terminar em 2018.
Supercomputador
O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNNC), responsável pela operação e gestão supercomputador, criou uma subcomissão mista para estabelecer prioridades de utilização da máquina e montar um edital para selecionar grupos de pesquisas brasileiros e de outros países para compartilhar o Santos Dumont.