09/09/09 10h05

Brasil avança 8 posições no ranking da competitividade

O Estado de S. Paulo

A reação do Brasil à crise financeira global e a estabilidade macroeconômica demonstrada durante o período de turbulência fizeram o País subir oito posições no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial deste ano. A capacidade de inovação do setor privado também pesou de forma positiva no avanço que o País vem apresentando nos últimos anos. "A melhora na competitividade brasileira é fruto do seu setor empresarial inovador e sofisticado, do tamanho de seu mercado e da melhora na área de estabilidade macroeconômica, comparada com o ano anterior", disse o Fórum em uma nota oficial.

Mas o Brasil ainda tem o pior sistema tributário entre os 133 países avaliados e é o penúltimo colocado no critério de regulação do governo. O ranking também aponta que a população não confia em seus políticos e que o Brasil é considerado um dos locais onde a corrupção e o desperdício de dinheiro público têm peso significativo para a competitividade do País. De acordo com a pesquisa, o Brasil ainda tem uma das piores aduanas do mundo e sistema educacional que não oferece qualidade.

Mesmo assim, pelo ranking geral, o Brasil passou da 64º lugar para a 56ª posição. Em 2007, o Brasil ocupava o 72º lugar. Pela primeira vez, o País é considerado mais competitivo que o México. O Brasil também deixa a lanterna dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China). Neste ano, o País aparece à frente da Rússia, que despencou. Mas permanece atrás de China e Índia. O País também está distante de alguns vizinhos, como o Chile, 28º economia mais competitiva do mundo. Porto Rico, Barbados e Costa Rica também estão acima do Brasil na região da América Latina. Indonésia, Azerbaijão, Tailândia, África do Sul, são outros exemplos de países melhor classificados.