Brasil assume liderança em vendas da Avon, que perde com o câmbio

Valor Econômico

Os resultados do terceiro trimestre da multinacional americana Avon, maior fabricante mundial de produtos de beleza, elevaram o Brasil à primeira posição global em vendas. Até então, o país ocupava o segundo lugar, mas agora passou à frente dos Estados Unidos, que historicamente detinha a liderança, mas vem sofrendo com a queda no consumo. No mundo, a receita do terceiro trimestre de 2009 caiu 4% em relação ao mesmo período de 2008, para US$ 2,6 bilhões. Considerando a moeda local, porém, o aumento na receita foi de 7%.

Segundo a matriz, a desvalorização do dólar em relação a várias moedas no mundo teve impacto negativo "de 11 pontos percentuais" sobre as vendas. A receita líquida caiu 30%, de US$ 223 milhões para US$ 156 milhões no trimestre. Considerando os nove primeiros meses de 2009 sobre o mesmo período de 2008, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais da Avon caiu 18,5%, para US$ 247 milhões.

No Brasil, a receita em moeda local cresceu 22% no terceiro trimestre. Em valores contábeis, o aumento foi de apenas 7%. No país, a empresa informa ter 1,1 milhão de revendedoras, número 25% superior ao da rival Natura. Considerando a América Latina, a alta no trimestre foi de 5% em valores contábeis. Pelo mesmo critério, houve queda de 19% no lucro operacional na América do Norte, enquanto na Europa Central e Oriental a receita no período caiu 18% e, na Europa Ocidental, Oriente Médio e África, o recuo foi de 6%. Na Ásia-Pacífico, a receita se manteve estável no trimestre, com aumento de 1%.