16/10/23 15h07

Brasil abriu, em média, 12 empresas a cada minuto no semestre

Quanto à natureza jurídica, MEIs lideram; quanto ao segmento, alimentação foi o setor que mais abriu negócios: 140.808 novas empresas

Monitor Mercantil

Nos primeiros seis meses de 2023, foram criados 2.117.073 novos negócios no Brasil, uma média de 12 empreendimentos por minuto. O segmento de serviços de alimentação, que engloba atividades como bares, restaurantes, lanchonetes e food trucks, foi o que mais registrou aberturas no período – 140.808 no total, com representatividade de 6,6% e a média de 1.136 registros por dia útil. Os dados são do Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian e trouxeram, ainda, os 20 principais segmentos com mais registros no período.

Segundo o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, Cleber Genero, “a criação de empreendimentos nos setores que mais cresceram mostra que a tendência de serviços ganhar o protagonismo deve continuar, principalmente, pelo baixo investimento necessário e velocidade do retorno, que pode ser mais rápido, especialmente na área da alimentação.”

Na análise macro por setores, serviços se destacou, representando 71,7% das novas empresas (mais de 1,5 milhão) e crescimento de 5,8% em relação ao período de janeiro a junho de 2022. Na representatividade frente ao total de companhias, o setor ficou bem acima do comércio (20,8%) e indústria (6,3%). O total de 2,1 milhões de novas empresas apresentou uma alta de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Na visão por natureza jurídica, os microempreendedores individuais (MEIs) lideraram a participação com maior número de empreendimentos abertos no semestre (77,0%), seguido por sociedades limitadas (18,3%), empresa individual (2,6%) e demais (2,1%).

No primeiro semestre de 2023, o ranking das regiões foi liderado pelo Sudeste, que registrou a criação de 1.071.737 empresas. Em seguida ficou o Sul com 402.256 novos empreendimentos, depois o Nordeste com 334,580, o Centro-Oeste com 201.984 e o Norte com 106.516. Na visão por UFs, o Estado de São Paulo se destacou com o maior número de negócios inéditos e o Amapá com o menor. O comparativo anual revelou que Mato Grosso marcou o maior crescimento, de 10,9%.

Já o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito, também da Serasa, apontou ter sido registrada, em agosto, uma alta de 10,1% na busca das companhias por recursos financeiros no comparativo com o mesmo mês de 2022. Esse número é o mais alto de 2023 até agora, após reações tímidas e quedas acentuadas nos meses anteriores. Na visão por porte das empresas, as micro e pequenas (MPEs) registraram o maior número desde maio de 2022 (10,2%) e ultrapassaram as grandes (9,8%).

“O número positivo pode indicar que a retração da Selic no país possa estar surgindo efeito ao dar mais fôlego para as empresas buscarem crédito no mercado. Ter recursos financeiros para ter dinheiro em caixa e pagar seus fornecedores é crucial para que os negócios existam e operem, por isso as MPEs reagiram de forma mais agressiva no período da análise”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

A visão por setores das empresas mostrou que, em agosto, a variação da demanda por crédito foi mais acentuada pelos negócios de serviços (13,8%), seguidos por aqueles de comércio (6,9%), indústria (4,1%) e demais (2,6%), onde posicionam-se as companhias do segmento primário, financeiro e do terceiro setor.

 

Fonte: https://monitormercantil.com.br/brasil-abriu-em-media-12-empresas-a-cada-minuto-no-semestre/