BNDES vai estimular a eficiência energética

Gazeta Mercantil - 19/07/2007

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que a instituição apoiará a aquisição de equipamentos que aumentam a eficiência energética, numa ação orquestrada com o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Casa Civil. Coutinho procurou não antecipar detalhes, mas adiantou que o governo tem planos para estimular a "conservação" de energia elétrica, tanto para o setor industrial como para o consumo residencial. Em outra frente, o governo também pretende estender os limites da cogeração para o mercado de energia elétrica. O banco quer criar condições de promover a comercialização da energia excedente das plantas próprias de energia das indústrias. Fábricas que produzem energia, nesse contexto, aumentariam a produção para vender para as distribuidoras. O banco já possui uma linha própria para esta finalidade, denominada Programa de Apoio a Projetos de Eficiência Energética (Proesco), criada em maio. A linha prevê financiamento para a compra de lâmpadas, motores elétricos, controladores de velocidade variável, bombas, ventiladores, refrigeradores, sistemas de ar condicionado, fornos e fornalhas, caldeiras e sistemas de vapor, sistemas de cogeração e sistemas automatizados de gerenciamento de energia. A idéia é aumentar as facilidades de financiamento da linha, que tem em carteira projetos financiados num total de R$ 85 milhões. A linha de apoio à compra de equipamentos para eficiência energética tem custo de 1%, o percentual de spread do banco, mais a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), além dos custos com o banco que repassa os recursos do BNDES, limitados a 4%. O prazo para pagar o empréstimo é de 72 meses e o banco pode financiar até 90% do projeto.