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BNDES melhora regras para térmicas e transmissão

Valor Econômico - 26/06/2007

As empresas interessadas em novos projetos de geração térmica e em linhas de transmissão de energia elétrica passam a contar com melhores condições para financiar os investimentos por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco está ampliando de 12 para 14 anos o prazo de financiamento para estes projetos, disse ontem Wagner Bittencourt, diretor das áreas de insumos básicos e infra-estrutura do BNDES. O banco também reduziu o nível de exigência do índice mínimo de cobertura do serviço da dívida dos projetos de transmissão e de geração com todas as fontes de energia (hidrelétricas, PCHs e térmicas). O banco informou que o índice cai de 1,3 para 1,2 desde que a taxa interna de retorno do empreendimento seja maior ou igual a 8% ao ano, em termos reais. "Ao baixar o índice as empresas podem tomar mais recursos e garantir um retorno melhor sobre o investimento", avaliou Bittencourt. A expectativa do BNDES é de que as novas medidas, válidas para o próximo leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 10 de julho, aumentem a demanda por financiamentos do setor elétrico junto ao banco. Bittencourt disse que o BNDES também vem fazendo esforço, com redução dos custos financeiros, para melhorar às condições de financiamento à geração hídrica. O prazo de amortização para projetos hídricos, passou de até 12 anos para até 20 anos em 2007. O custo financeiro ficou atrelado em 100% à TJLP, índice que antes corrigia 80% do empréstimo (os outros 20% eram indexados à cesta de moedas). A participação máxima do BNDES nos itens financiáveis pulou 70% para 85%. Entre 2003 e maio de 2007, o BNDES aprovou 137 projetos de energia elétrica, que somaram investimentos de R$ 32,2 bilhões (US$ 12,84 bilhões) e financiamentos do banco de R$ 17,6 bilhões (US$ 7,02 bilhões). A capacidade instalada dos projetos de geração aprovados somou 11 mil megawatts (MW).