11/01/10 11h20

BNDES e Finep veem aumento da demanda

O Estado de S. Paulo

O aumento da demanda por crédito para o desenvolvimento de novos produtos e processos no BNDES e na Finep reflete os incentivos criados pelas duas principais agências brasileiras de fomento da inovação em 2009 para manter as apostas num setor que é o primeiro a sofrer cortes em momentos de incerteza.

Em meio à crise, o BNDES incluiu a inovação nas linhas com juros reduzidos (3,5% a 4,5% ao ano) do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), criado no início do segundo semestre para incentivar o setor de bens de capital. Nos três primeiros meses, o PSI liberou apenas R$ 100 milhões (US$ 58,1 milhões) para P&D. Em novembro, a carteira tinha saltado para R$ 286,2 milhões (US$ 166,4 milhões). Segundo Helena Tenório, chefe do Departamento de Políticas e Programas do BNDES, o banco já havia liberado R$ 472 milhões (US$ 274,4 milhões) em novembro e os números preliminares de dezembro indicaram a superação da marca de 2008.

Incluindo o financiamento de máquinas para a modernização de processos em pequenas empresas, o banco fechou 2009 com cerca de R$ 1,09 bilhão (US$ 633,7 milhões) liberados para pesquisa e incrementos de processos industriais. O banco ainda tem R$ 647,8 milhões (US$ 376,6 milhões) contratados a desembolsar e R$ 1,21 bilhão (US$ 703,5 milhões) em operações aprovadas. O resultado contrariou as expectativas de queda nos desembolsos que o BNDES traçou no início do ano passado. "Se já não esperávamos crescimento em 2009, dá pra comemorar que não houve retração", afirma Helena, para quem o PSI ajudou as empresas brasileiras a perderem o medo da crise.