BNDES bate recorde de liberação de empréstimos

O Estado de S. Paulo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 84,2 bilhões (US$ 46,8 bilhões) de janeiro a agosto deste ano, o maior volume de recursos para o período na história da instituição. Em relação aos oito primeiros meses de 2008, houve crescimento de 59%. O chefe do departamento de orçamento da área de planejamento do banco, Gabriel Visconti, diz que a expectativa é que o BNDES ultrapasse, já no acumulado até setembro, o desembolso recorde de todo o ano passado, de R$ 92,2 bilhões (US$ 51,2 bilhões).

Infraestrutura e indústria foram os setores que puxaram o desempenho histórico, respondendo por 84% das liberações, ou um total de R$ 70 bilhões (US$ 38,9 bilhões). "As medidas adotadas pelo governo e o BNDES, como parte desse governo, adotando medidas positivas em relação a condições de financiamento, aumentaram a confiança dos investidores", afirmou Visconti.

As aprovações do BNDES cresceram 49% de janeiro a agosto, na comparação com igual período do ano passado, acumulando R$ 98,8 bilhões (US$ 54,9 bilhões). Só para a indústria foram aprovados R$ 47,2 bilhões (US$ 26,2 bilhões), o que representou um crescimento de 42% em relação aos oito primeiros meses de 2008 e o maior volume de recursos para esse segmento em oito meses. Para a infraestrutura, as aprovações somaram R$ 34,4 bilhões (US$ 19,1 bilhões) de janeiro a agosto, com crescimento de 62% em comparação aos oito primeiros meses do ano passado.

Nos enquadramentos, o acumulado ficou em R$ 128 bilhões (US$ 71,1 bilhões), o que representou uma expansão de 21% na comparação com janeiro a agosto do ano passado. Os desembolsos do BNDES nos últimos 12 meses também foram recordes, ao acumularem R$ 123,6 bilhões (US$ 68,7 bilhões) e crescimento de 53% em relação ao mesmo período de 2008. As aprovações, que somaram R$ 153,9 bilhões (US$ 85,5 bilhões) em 12 meses, também foram históricas, com alta de 40%. Ainda levando-se em conta o período de 12 meses, os desembolsos do BNDES para a área social registraram recuo de 23%, com R$ 5,8 bilhões (US$ 3,2 bilhões).