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17/10/08 11h01
Bioenergy e Proventos iniciam estudo do atlas eólico de São Paulo
Valor Econômico - 17/10/2008
A Bioenergy, empresa nacional de geração de energia, e a Proventos, consultoria especializada em estudos de medição de ventos, iniciaram neste mês o estudo do atlas eólico do Estado de São Paulo. As empresas venceram a licitação feita pelo governo estadual e terão 24 meses para entregar um mapa completo do potencial de geração de energia eólica. Ao todo serão investidos R$ 1,3 milhão (US$ 591 milhões). O governo paulista está de olho nos investimentos que a energia eólica deve trazer ao país. Grandes empresas multinacionais já buscam parcerias em projetos, como Energias do Brasil, AES e Suez, e o governo federal estuda viabilizar um leilão exclusivo para a venda de energia eólica no próximo ano. Com os leilões é possível para as empresas garantirem uma receita fixa e levar adiante os investimentos. Mesmo nos tradicionais leilões de energia nova, os empreendedores já habilitaram cerca de 50 projetos para mostrar o potencial de geração. O engenheiro doutor em energia eólica Alexandre de Lemos Pereira, da Proventos, conta que São Paulo fez parte do atlas eólico brasileiro realizado no início da década. Mas segundo Pereira, a tecnologia disponível não permitia fazer um mapa de alta resolução como o que será agora elaborado. A alta resolução nesse caso é mostrar o potencial de ventos a cada 200 metros, com cobertura de todo o território. Na primeira fase do estudo, serão coletados todos os tipos de dados meteorológicos, geográficos e histórico climático, entre outros. Estes dados serão levados à Dinamarca para serem rodados em super-computadores, que já estão preparados para processar esse tipo de informação. Segundo Pereira, a Dinamarca foi escolhida porque é pioneira em estudos eólicos. A partir disso é feito um mapa de ventos, com uma resolução de cinco quilômetros. Com base nessa informação, os engenheiros vão escolher pontos para a instalação de sete torres de medição. Duas delas com 100 metros de altura e outras cinco com 75 metros. A torre é repleta de sensores, em todas as alturas, para poder medir adequadamente os ventos. O presidente da Bioenergy, Sérgio Marques, diz que será feito um relatório não só com os locais de maior potencial, mas também apontando aqueles com menores restrições ambientais. Que não estejam em região de mata atlântica, por exemplo.