02/05/11 10h57

Belga Agfa aposta em locação de aparelhos para atingir PME

DCI

Com a proposta de baratear custos para pequenas e médias empresas no ramo de saúde, redes especializadas na área buscam novas soluções. Ao representar a metade dos negócios da empresa na América Latina, a Agfa Healthcare do Brasil, controlada pelo grupo belga Agfa Gevaert, acaba de lançar a locação de data center e gestão de digitalização de imagens para o setor hospitalar e clínico, em busca de atingir clientes que não têm recursos para promover os serviços internamente. Ao adotar a modalidade, que consiste na terceirização de armazenamento e distribuição de arquivos de diagnóstico por imagem, a empresa espera crescer 25% este ano, e ampliará a sua cartela de clientes.

Hoje, a Agfa atende a hospitais como Sírio-Libanês, Santa Catarina, Hospital das Clínicas, Beneficência Portuguesa, Santa Casa, Secretaria da Saúde de São Paulo. O primeiro cliente a adquirir o novo serviço de locação é uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Rio de Janeiro, e o serviço estará em vigor neste mês. Com escritórios de venda e representantes em mais de 100 países no mundo, a empresa registrou, em 2009, vendas superiores a 1,178 milhões de euros. Em 2010, a marca faturou em nível global de 3 bilhões de euros, sendo no contexto mundial a América Latina representa 11% das receitas.

A Agfa Healthcare também projeta, desenvolve e entrega sistemas para capturar, administrar e processar imagens de diagnóstico e informações clinico-administrativas para hospitais e clínicas, bem como soluções de contraste para resultados médicos efetivos de imagem. "O cliente que adquire o serviço não paga a solução, mas o exame gerenciado pelo sistema, ao custo de cerca de US$ 2,00", explica Robson Miguel, gerente de Vendas de TI da Agfa Brasil.

De acordo com o executivo, serviços do tipo em radiologia sob demanda ainda não são oferecidos profissionalmente no Brasil, ao contrário do que acontece na Europa, sobretudo na Bélgica, onde fica a filia da Agfa. E os que são semelhantes, não atendem à demanda do mercado de maneira completa. "Não sei se vai ser tendência no Brasil, mas queremos ser pioneiros neste tipo de serviço no País. Este conceito de locação por demanda de aparelhos ainda não é praticado no Brasil de maneira estruturada, profissional. Na Europa já existe este serviço, e lá o mercado é mais sólido que aqui", diz o executivo.

A estratégia é disponibilizar o serviço no País é apoiada em dois pilares, a divulgação do modelo de locação sob demanda, e o atendimento a um mercado que não dispõe de verba para adquirir ativos de armazenamento e digitalização de imagens (raios X, tomografia, etc.). "Trabalhamos em duas vertentes: a primeira é desenvolver um serviço diferente. Introduzir o novo conceito de serviço por demanda na área da saúde, mobilizar o mercado para que surjam alternativas neste segmento. A segunda é tornar possível a aquisição dos serviços por empresas de capital menor", explica o executivo da Agfa.