22/10/07 10h58

Behr segue tendência e dribla câmbio com escala

Gazeta Mercantil - 22/10/2007

A Behr Brasil, subsidiária da companhia alemã que há 100 anos produz sistemas de refrigeração (ar-condicionado e radiadores) para as montadoras em todo o mundo, conseguiu driblar a desvantagem cambial, com maior volume e custo menor de produção. Com isso, está integrada à estratégia mundial da matriz ao passar a fornecedor componentes em escala global. A decisão das multinacionais de utilizar todas suas fábricas para complementar a produção global é uma tendência no setor automotivo. A Cummins, fabricante de motores diesel, também escolheu a fábrica brasileira para ser fornecedora de peças para os motores diesel que são feitos por suas filiais. As duas empresas são exemplos que, com maior integração entre os fornecedores de menor porte, qualidade dos produtos e agilidade nos processos, as grandes multinacionais podem manter no Brasil unidades industriais competitivas, capaz de enfrentar a concorrência de outros países emergentes, como a China, Índia e Rússia. De exportadora de conjuntos completos de sistemas de refrigeração, a Behr Brasil passou a incluir nas suas transações intercompany 70% de embarques de componentes para as filias do grupo nos Estados Unidos, México, Bélgica, Alemanha, República Checa, França, Austrália e Espanha e a fazer parte da integração mundial da corporação. Essa decisão da matriz, segundo o executivo da empresa, ajudou a subsidiária brasileira a manter os ganhos financeiros mesmo com o dólar em queda. Assim como as demais fabricantes de autopeças, a Behr Brasil, que emprega mil funcionários, também está com a sua fábrica de Arujá (SP) trabalhando no limite da sua capacidade em três turnos de produção. A Behr iniciou suas atividades no Brasil em 1981, quando fechou um acordo de colaboração com a RCN, empresa que fabricava radiadores no Brasil desde 1953. Em 1994, adquiriu 55% do controle acionário deste empresa e, em 1997, passou a ter o controle total da empresa, com a aquisição dos 45% restantes. No Brasil a empresa mantém o seu 4º centro de desenvolvimento e participa de 5% do faturamento do grupo alemão, que soma € 3,2 bilhões.