07/04/10 15h09

Bayer prevê fazer aportes de US$ 100 milhões em 2010

Valor Econômico

A multinacional alemã Bayer vai investir R$ 180 milhões (US$ 100 milhões) no Brasil este ano, crescimento de 12,5% sobre os aportes efetuados no ano passado. Todas as divisões da companhia, que atua nas áreas de saúde humana e animal, além de química, deverão ser expandidas, com a ampliação dos laboratórios instalados, da sede do grupo no país e também a criação de uma nova divisão de negócios, a Bayer Technology Services.

Dos investimentos previstos para 2010, estão incluídos cerca de R$ 21 milhões (US$ 11,7 milhões) que deverão ser aportados de uma empresa parceira da múlti, a Graham, no parque industrial da Bayer em Belford Roxo (RJ), onde cinco empresas compartilham infraestrutura com o grupo. Nos últimos 11 anos, a companhia investiu cerca de R$ 1,1 bilhão (US$ 611 milhões) no país. A empresa informou que vai participar do programa Pomar, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A fábrica de anticoncepcionais do grupo, instalada no bairro paulistano de Santo Amaro, deverá também elevar sua produção de medicamentos. Essa unidade, que no ano passado completou 50 anos, produz cerca de 2,2 milhões de comprimidos por ano.

A empresa registrou no ano passado faturamento de R$ 3,8 bilhões (US$ 1,93 bilhão), aumento de 3% sobre o ano anterior, informou Horstfried Laepple, presidente da companhia no Brasil. O lucro líquido da companhia no país foi de R$ 88 milhões (US$ 44,7 milhões), 46% menor que em 2008. O faturamento global da companhia recuou 5,7%, para € 31,2 bilhões.

Lançamentos de novos medicamentos e expansão da área de saúde animal também fazem parte dos planos da Bayer para o Brasil. Uma das maiores multinacionais química-farmacêuticas do mundo, a companhia acredita que o Brasil será um dos vetores de crescimento do grupo no mercado internacional nos próximos anos.

Atualmente, o Brasil representa o sétimo maior mercado da Bayer no mundo, com 4% das vendas totais realizadas pelo grupo. A meta da companhia no país é elevar a posição para o quinto lugar no ranking da multinacional, disse Laepple. "O Brasil já é o país do futuro." Os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), juntos, respondem por 14% da receita anual da companhia.