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Bayer Brasil exporta hormônio à Ásia

Gazeta Mercantil - 31/05/2007

A subsidiária brasileira da Bayer Schering Pharma, que atua pelo primeiro ano no País como uma única empresa, passará a fornecer hormônios sólidos (contraceptivos femininos entre outros) para a China e outros países da Ásia a partir de 2009. A exportação faz parte da nova estratégia da Bayer mundial, que adquiriu a portuguesa Schering no passado. "Temos uma fábrica fora do País de hormônios sólidos que já atende os Estados Unidos e Europa. Daqui atenderemos a Ásia", disse o gerente geral da BSP Brasil, Kainer Krause. Segundo o executivo, as exportações já começam a ser incrementadas, em um primeiro momento, à América Latina. Hoje a empresa já exporta 30% da produção para a região. O crescimento de embarques este ano já dará uma alta de ao menos 20% no faturamento com as vendas externas. A unidade brasileira da nova empresa, que hoje representa 3% do faturamento global e vêm crescendo cerca de 20% nos últimos dois anos, espera seguir com este crescimento, que se iguala ao de outras regiões emergentes com Leste Europeu e Ásia. Segundo o gerente geral da BSP, será possível chegar mais próximo de 5% do faturamento global nos próximos anos, já que o crescimento aqui é maior do que o de mercados tradicionais. Para o executivo, aqui o consumidor passa a ter acesso a novas tecnologias e pode consumi-las pela primeira vez. Diferente de mercados tradicionais onde as novas tecnologias já estão acessíveis e o aumento na demanda não é tão rápido. O crescimento no faturamento para este ano deverá ser acima de 10% em uma visão preliminar. Este aumento está amparado em lançamentos feitos recentemente pela empresa. Ontem Krause fez o lançamento do Yaz. O medicamento chega para combater um dos males com maior demanda por remédios no País e nos grandes centros: a chamada Tensão Pré Mestrual (TPM). O Yaz é uma pílula anticoncepcional que ao mesmo tempo possui menor dose hormonal e promete atacar os sintomas mais severos da TPM com maior eficácia. O medicamento já teve aprovação do FDA - órgão regulador norte americano - e da Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (Anvisa). A empresa lançou também o Campath, para pacientes com leucemia e planeja trazer no segundo semestre o ventavis, para hipertensão pulmonar. Segundo o executivo os novos lançamentos deverão impulsionar as vendas assim como o crescimento do PIB do País.