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Basf vê o Brasil como celeiro do mundo

DCI - 06/11/2007

A alemã Basf vê para o Brasil um 2008 muito positivo no mercado agrícola. A Basf espera crescer acima do valor do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil no próximo ano que, segundo a expectativa da empresa, deverá ser de 5% ou 6%. O Brasil é o segundo principal mercado mundial da empresa, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo o vice-presidente de Produtos para Agricultura para a América Latina, Walter Dissinger, se os preços das commodities permanecerem nos níveis em que estão, se o açúcar e o álcool recuperarem os preços, o Brasil será o grande pólo agrícola do mundo.O agronegócio da Basf na América do Sul representa, em vendas, cerca de 30% dos negócios totais da empresa. O Brasil tem participação de 70% nos negócios da companhia na América Latina. "O Brasil é a China do agronegócio mundial", diz. As vendas na América Latina quase dobraram no primeiro semestre deste ano. Em 2007 as vendas foram de 213 milhões de euros. No mesmo período do ano passado a Basf teve vendas de 110 milhões de euros. Esse incremento se deve principalmente à recuperação do agronegócio no Brasil. Apesar de ainda não estar livre das dívidas, o produtor brasileiro investiu mais em tecnologia para a safra 2007/08. Na América Latina, assim como no Brasil, a Basf ocupa a terceira posição em participação de mercado no segmento de defensivos, ficando atrás de Syngenta e Bayer. Para desenvolver sua tecnologia, a Basf investiu 3,15 milhões de euros (R$ 7,98 milhões) na implantação do laboratório, que será o primeiro específico de uma empresa na América Latina destinado à realização de estudos ambientais. Com o investimento, a Basf ampliará sua capacidade de fazer pesquisas sobre estudos de resíduos para fins de registro tanto nos Estados Unidos como na Europa. "A escolha do Brasil ocorreu principalmente em função do profissionalismo dos que atuam na área de pesquisa, muito reconhecido na Alemanha, e isso fez com que o investimento tivesse vindo para o País. Há um reconhecimento mundial desses pesquisadores", disse.Segundo Dissinger, será criada uma rede de pesquisa, desenvolvimento e know-how mundial.