Basf investe em modernização da unidade de São Bernardo

Empresa centraliza cadeia de produção de insumo para a fabricação de plástico de engenharia

A Basf anunciou na última semana investimento de R$ 35 milhões na fábrica de São Bernardo para integrar a cadeia de produção de poliamida 6.6, polímero que é utilizado para a fabricação de plástico de engenharia, principalmente na indústria automobilística. Com isso, a empresa irá aumentar em 15% a oferta do produto para o Brasil e países da América do Sul.

O investimento em São Bernardo faz parte de um aporte global de 1,4 bilhão realizado nos últimos cinco anos.

A poliamida 6.6 apresenta alta resistência mecânica, rigidez e resistência ao impacto, além de resistência química, estabilidade térmica e dimensional e pode ser reciclada.

“Esse investimento reforça nosso compromisso de longo prazo no Brasil. Produzindo essa matéria-prima chave para a poliamida 6.6 em nossa fábrica, aumentamos nossa segurança de fornecimento e reduzimos efluentes e emissões”, afirma Fernando Barbosa, vice-presidente de materiais de performance da Basf para a América do Sul.

A expansão dos negócios em plásticos de engenharia da BASF no Brasil começou em 2020, com a conclusão da compra da Solvay, e culminou na construção de uma nova linha de produção de Sal Nylon, produto intermediário para completar a cadeia de produção da poliamida 6.6 no País. “É uma nova tecnologia que a Basf traz para o Brasil, que contou com o apoio de nossa fábrica na Coreia do Sul e Alemanha no desenvolvimento do projeto e treinamento das equipes”, diz Barbosa.

A fábrica de São Bernardo existe há mais de 30 anos e passa por uma onda de modernizações, na produção, nos laboratórios e nos recursos para pesquisa e desenvolvimento.

A fábrica ainda conta com um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Plásticos de Engenharia, capacitado com equipamentos de última geração para atender às necessidades de inovação sustentável, desenvolvendo e adaptando produtos, além de dar suporte aos clientes em seus processos e projetos de aplicações.

Veículos Elétricos

No setor automotivo, o plastico de engenharia pode substituir o metal em diversas finalidades, reduzindo o peso do automóvel e consequentemente o consumo energético na fabricação e no uso do veículo.

Sua utilização em componentes estruturais e de chassis ganham cada vez mais espaço, motivados pelo enfoque das montadoras em alternativas que viabilizem a redução de peso, economia de combustível e a consequente queda nas emissões de CO2 dos veículos.

No caso de carros elétricos, a construção mais leve também melhora a eficiência energética.

Emissões

A Basf fixou metas em todo o mundo para alcançar emissões líquidas zero de gás carbônico até 2050. Para isso, uma primeira etapa é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo em 25% até 2030, em comparação com 2018. “Nosso objetivo é reduzir continuamente as emissões de gases de efeito estufa resultantes da geração de energia nas fábricas e dos processos produtivos”, pondera Ricardo Torres, diretor de Operações na Basf.

Reposicionamento

O subsecretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Estado de São Paulo, José Police Neto, participou da inauguração e classificou as inovações da Basf como “neoindustrialização”.

“Intimamente conectada com os impactos na mudança da matriz energética automobilística, a nova indústria produz insumos orientados pela descarbonização, portanto neutraliza 100% do carbono na produção. Emprega mais de 60% de mulheres e aproveita um histórico industrial invejável do Grande ABC”, afirmou.

Fonte: https://www.dgabc.com.br/Noticia/4011247/basf-investe-em-modernizacao-da-unidade-de-sao-bernardo