Balança comercial do ABCD encerra trimestre com saldo positivo
Importações retomaram e as exportações superaram nestes primeiros meses do ano em relação a 2016
ABCD MaiorAs transações comerciais das empresas instaladas no ABCD com outros países apresentaram saldo positivo e fecharam o primeiro trimestre do ano com superávit de US$ 335 milhões. O resultado é obtido pela diferença entre as exportações (US$ 1,1 bilhão) e as importações (US$ 822 milhões) no período, o que retrata “tendência de retomada” na visão de especialista ouvido pelo ABCD MAIOR.
De acordo com dados municipais do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), as importações voltaram a crescer em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 740 milhões), mas não superaram o volume exportado. Como os resultados dos dois últimos anos foram de superávit influenciado pela queda na importação, o economista e professor na Universidade Metodista, Sandro Maskio, avalia que a mudança de comportamento de mercado sinaliza uma retomada.
“As importações das empresas na Região são de insumos produtivos e isso significa que a nossa produção está melhorando. Aliar esse aumento produtivo com as exportações superando as importações por conta de um mercado externo favorável aponta para uma tendência de retomada, mas ainda do ponto de vista cauteloso”, afirmou.
A cidade que apresenta a maior movimentação comercial com outros países nos três primeiros meses do ano é São Bernardo, com saldo positivo de US$ 392 milhões, devido às exportações ligadas ao setor automotivo para a Argentina e México. Em seguida estão Ribeirão Pires (US$ 4 milhões), Santo André (US$ 1 milhão) e São Caetano (US$ 86 mil). Já Diadema, Mauá e Rio Grande da Serra fecharam o trimestre com saldo negativo.
Acordo Com México
Nesta semana, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, esteve reunido com o secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo, e ambos demonstraram disposição em fortalecer a relação comercial bilateral. O interesse brasileiro é de ampliar o Acordo de Complementação Econômica (ACE - 53) tanto para setores industriais como agrícolas, bem como criar novas regras em temas como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio e barreiras não tarifárias.
Uma nova rodada de negociações ficou acertada para junho, no Brasil. "O acordo ampliado pode representar um marco nas relações bilaterais e uma resposta estratégica às mudanças em curso na região e no mundo", destacou o ministro Marcos Pereira.