Baixada Santista é 14º do País em consumo
Na região, o consumo atingirá R$ 43,1 bilhões este ano, segundo estudo da IPC Maps
A Tribuna - SantosO consumo dos moradores da Baixada Santista atingirá R$ 43,1 bilhões este ano, segundo estudo da IPC Maps. No ano passado, o número chegou a R$ 36,6 bilhões. Do montante previsto para este ano, R$ 14,3 bilhões serão de Santos.
O potencial de consumo da região coloca a Baixada como a quarta maior consumidora do Estado e 14ª no ranking nacional. Por regiões paulistas, a Grande São Paulo lidera, seguida por Campinas, Vale do Paraíba e Litoral Norte.
Já Santos ocupa a décima colocação no estadual e a 32ª posição no Brasil. Em 2014, Santos ficava na nona colocação no estadual e a 30ª no nacional, com potencial de consumo de R$ 13,071 bilhões.
O consumo per capita na região em 2015 será de R$ 24 mil nas áreas urbanas e R$ 13,3 mil na rural. Em Santos, o volume sobe para R$ 33 mil e R$ 11,6 mil, respectivamente.
O estudo IPC Maps se baseia em dados secundários, atualizados e pesquisados através de fontes oficiais de informação como as do IBGE, utilizando metodologia própria, em uso há mais de 20 anos.
De acordo com o estudo da IPC Maps, 49% do valor a ser consumido pelos moradores da Baixada Santista este ano vêm da classe B (R$ 21,1 bilhões). A classe A responde por 12,1% (R$ 5,19 bilhões), a C por 32% (R$ 13,7 bilhões). As classes D e E ficam com 6,9% (R$ 2,98 bilhões).
Em Santos, o cenário não difere muito: 53,4% do consumo (R$ 7,6 bilhões) virão da classe B, 18,8% vêm da A (R$ 2,69bilhões), a C comparecerá com 22,9% (R$ 3,28 bilhões), D e E responderão por 4,9% (R$ 699,9 milhões).
“A classe B ainda tem a maior participação no potencial de consumo brasileiro, apesar da diminuição na quantidade de domicílios desta classe e da classe A, devido à atualização do Critério Brasil. A classe C e as classes D/E aumentaram sua participação, tanto em domicílios como em consumo, devido à atualização do critério. Hoje a divisão por classe econômica está mais atualizada e reflete a realidade de cada mercado”, explica o diretor e responsável pelo estudo da IPC Maps, Marcos Pazzini.
Alimentos no domicílio movimentam R$ 4,5 bi na região: há pouco espaço para itens não essenciais mais caros
Principais compras
Manutenção do lar (incorpora despesas com aluguéis, impostos, luz-água-gás) e alimentação no domicílio são os dois setores que mais responderam pelo consumo, tanto na Baixada Santista, como em Santos.
O primeiro deverá receber R$ 11,9 bilhões na região e R$ 3,8 bilhões em Santos. Alimentação no domicílio responde por R$ 4,5 bilhões na Baixada Santista. Enquanto Santos deverá receber R$ 1,3 bilhão.
“Moradia e alimentação no domicílio são despesas básicas, com alto peso no orçamento do brasileiro. Este cenário não é positivo, pois quanto maior esta porcentagem com despesas básicas, menos sobra para compra de produtos não essenciais ou de maior valor”, diz Pazzini.
O responsável pelo estudo ressalta ainda o aumento do consumo em outro setor. “Pode-se destacar aumento nas despesas com medicamentos e saúde, devido ao envelhecimento da população, e com despesas de alimentação fora de casa, devido à maior quantidade de mulheres trabalhado fora”, explica Pazzini.
Baixada acima do bilhão
Dos nove municípios da Baixada Santista, apenas Mongaguá não tem potencial de consumo acima de R$ 1 bilhão para este ano. Além de Santos, já citada acima, São Vicente, Praia Grande e Guarujá constam no ranking das 50 cidades com mais potencial em São Paulo.
São Vicente, com R$ 7,39 bilhões, é a 20ª no Estado e 68ª no Brasil. Praia Grande, com R$ 7,16 bilhões, aparece na 22ª posição em São Paulo e 70 ª no ranking nacional.
Com R$ 6,54 bilhões, Guarujá surge em 25ª no Estado e em 81 º no País. No 63º lugar no Estado e 208º no Brasil, Cubatão aparece com R$ 2,69 bilhões de potencial de consumo.
Bertioga e os municípios do Litoral Sul aparecem na sequência. Itanhaém (94ª, com R$ 1,72 bilhão), Bertioga (115ª, R$ 1,27 bilhão), Peruíbe (129ª, R$ 1,11 bilhão) e Mongaguá (156ª, R$ 878 milhões) completam a relação dos municípios da Baixada Santista no ranking estadual.