25/09/09 11h15

Baixada busca soluções de infraestrutura para o pré-sal

DCI

Os municípios da região metropolitana da Baixada Santista aceleram o diálogo sobre a organização da infraestrutura local, pois a resolução desses gargalos naquelas cidades se torna mais urgente com a chegada da Petrobras, com as operações do pré-sal, além da implementação do plano de expansão no Porto de Santos. A estimativa é de que sejam injetados R$ 20 bilhões (US$ 11 bilhões) nos próximos quatro anos, não só nos projetos ligados à área de exploração de petróleo e gás e no porto, mas também em obras voltadas para a mobilidade urbana e logística, para aeroportos e para saneamento.

Para que os municípios do polo metropolitano -Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Mongaguá, Itanhaém, Praia Grande Peruíbe e Bertioga- possam aproveitar as oportunidades de desenvolvimento e de negócios tanto do setor público quanto do privado, empresários, associações e o governo delineiam o futuro de acordo com a nova realidade e cobram pleitos antigos, como a ligação, por túnel ou ponte, entre Santos e Guarujá, em discussão há pelo menos 60 anos. Para este caso, o governo estadual tem em curso um estudo da construção de uma ponte estaiada.

Ainda que algumas soluções estejam apenas nos planos, outras prosseguem em fase de viabilização, como no caso do Sistema Integrado Metropolitano da Baixada Santista (SIM), um projeto de veículo leve sobre trilhos (VLT), que em sua primeira fase de implantação deve consumir perto de R$ 298 milhões (US$ 165,6 milhões). Na área de saneamento, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) planeja gastar pouco mais de R$ 1,6 bilhão (US$ 888,9 milhões) em projetos de abastecimento de água e tratamento de esgoto.

Mesmo que o desenvolvimento repentino exija respostas rápidas aos gargalos da região, o novo cenário também pode gerar bons negócios às empresas. Para dar uma ideia, na Bacia de Santos a Petrobras investirá cerca de US$ 40 bilhões até 2013, e suas atividades devem fomentar oportunidades no mercado local, como, por exemplo, a futura instalação de três torres comerciais em uma região santista conhecida como Valongo, para abrigar uma sede da empresa e aproximadamente seis mil funcionários. A empreitada deve gerar uma concorrência pública para erguer os prédios nos próximos anos.

Entre as questões dessa região que requerem saída também está a melhoria da estrutura aeroportuária. Na Baixada há três aeroportos de porte menor, como o de Guarujá, localizado em área militar, mas que futuramente poderá também abrigar operações civis, o de Itanhaém e um terceiro na Praia Grande. Há mais pleitos em discussão na Baixada, como melhorias de acessos rodoviários e ferroviáros, além da área de habitação e urbanismo. A ideia é propiciar o desenvolvimento planejado para dar conta da demanda que está por vir.