Avianca investe em cargueiro

Comum Airbus A-330-200 exclusivamente para o transporte de cargas na rota Manaus- São Paulo, aérea intensificará o transporte de itens menores nos sete A320 que vão se somar à frota até junho deste ano

A Avianca está investindo no transporte de carga industrial comum a aeronave exclusivamente dedicada para este tipo de transporte. A empresa está trazendo para o Brasil um Airbus A-330-200, com capacidade para até 80 toneladas, que fará a rota São Paulo-Manaus, atendendo a empresas que atuam na região da Zona Franca. Será um voo por dia, de segunda a sexta-feira, como transporte de todo o tipo de carga industrial, de máquinas e equipamentos a produtos de linha branca e marrom, entre outros.

Tarcisio Gargioni, vice-presidente Comercial e de Marketing da companhia, diz que desde 2012 a Avianca tem se preparado para ampliar sua presença no transporte de carga, que começou com a inauguração de um terminal em São Paulo, o que tornou mais ágil a movimentação de itens que já circulavam nos porões dos aviões de passageiros. Agora, afirma ele, com uma aeronave exclusivamente voltada para carga de grande porte, a aérea dá um passo mais largo em seus projetos nesse segmento.

“Já trabalhamos com a chamada carga fracionada, nos porões dos aviões, em 24 aeroportos. Agora, estamos ingressando em um mercado diferente e que precisa ser atendido, e em uma rota importante, onde existem 500 empresas no polo de Manaus. O início das operações está marcado para junho. Mas ainda não temos uma data porque dependemos de alguns trâmites de órgãos específicos. Enquanto isso, estamos montando a logística para esta finalidade”, comenta ele.

O lucro com a operação virá no terceiro ano de atividade, resume Gargioni, sem fornecer mais detalhes. Ele apenas adianta que a carga industrial será um item dentro do negócio da Avianca, que é transporte. O transporte de volumes de menor tamanho e cargas rápidas será reforçado com os sete A320, de passageiros, que a companhia está traz entre abril e junho deste ano.

“E-commerce e cargas perecíveis são o foco deste tipo de transporte, pela necessidade de agilidade e capilaridade”, destaca Gargioni. “Com esses investimentos e a chegada de novas aeronaves, devemos aumentar em30%o volume de carga fracionada em relação ao ano passado”, continua.

Em 2013, a Avianca Cargo transportou mais de 18 mil toneladas, crescimento de50%emrelação a 2012 (12 mil toneladas). No ano passado, a receita da unidade cresceu62%emrelação ao ano anterior e a companhia movimentou 1,8 milhão de volumes, o que representa um aumento de 68%.

Quanto aos aviões Fokker que estão na frota da companhia — um deles foi destaque pelo pouso de emergência no aeroporto de Brasília, na sexta-feira passada — Gargioni diz que o plano de substituição está em andamento.

Dos 14 aviões Fokker que antes faziam parte da frota, nove ainda estão em operação. Ele explica que a única necessidade de mudança por modelos Airbus vem da economicidade. E garantiu que mesmo com os incidentes, os Fokker são extremamente seguros e a empresa trabalha com rigor nas normas de segurança.

“A única opção pela troca é a redução de combustível, um custo alto no negócio. Mas, do ponto de vista da operação, são aviões muito bons. Até o final de 2015, estará completo o plano de substituição dessas aeronaves”, acrescentou Gargioni.