18/08/09 11h41

Aviação executiva atrai a Lindford e a Piaggio ao País

DCI

Na contramão do desempenho da indústria de aviação executiva mundial, o Brasil está se mostrando um mercado atrativo para fabricantes de aeronaves destinadas ao transporte executivo. Uma prova disso são duas novas empresas que chegaram ao mercado nacional na semana passada, a britânica Lindford Aviation e a italiana Piaggio Aero, que chegou com a meta de vender até seis unidades de sua aeronave de luxo Avanti II, que está na categoria midsize, e obter um faturamento inicial de cerca de US$ 40 milhões nos doze primeiros meses de atuação no País.

De acordo com dados da Embraer, o segmento de aviões dessa categoria em que o modelo italiano está inserido, e que compete contra o Legacy 500 (ainda em desenvolvimento), deve responder por 6% da demanda da América Latina, o que representa cerca de US$ 750 milhões em negócios nos próximos 10 anos.

Segundo o vice-presidente executivo da Piaggio nos Estados Unidos, John Bingham, a fabricante está à procura de dois centros de manutenção para estabelecer parceiras e iniciar o mais breve possível as vendas da aeronave, que tem preço lista de US$ 7,2 milhões. Bingham se mostra tranquilo quanto à concorrência que a Piaggio terá de enfrentar no Brasil, onde, além da empresa brasileira, terá ainda de enfrentar Bombardier, Cessna e Beechcraft, entre outras, que já têm experiência no mercado nacional.

"Eu passei uma temporada no Brasil para conhecer o mercado e as suas necessidades e assim saber onde oferecer nosso produto e nossos centros de serviços. Acreditamos que a oportunidade de um novo mercado está aqui", explicou. A oportunidade à qual ele se refere é confirmada pela própria Abag. Segundo o vice-presidente executivo da entidade, Ricardo Nogueira, apenas 120 a 125 cidades são atendidas pela aviação comercial. "O Brasil é um grande mercado a ser explorado; além disso, com a crise, o mercado americano e o europeu estão indo mal", confirmou.