As 100 startups brasileiras mais atraentes para o mercado
exameO movimento “100 Open Startups” anunciou a relação das 100 startups brasileiras mais atraentes e interessantes para grandes empresas líderes em inovação. Elas foram selecionadas a partir de mais de 1.500 propostas de 23 estados que participaram do movimento de julho a dezembro de 2015.
O grupo das 100 startups foi definido como resultado de um processo de interação que visa despertar o interesse de pelo menos uma das 50 grandes empresas participantes do projeto como HP, IBM, 3M, Johnson&Johnson, Abbott, Grupo Fleury, Algar Telecom, Natura, Estácio e outras. É o maior número de grandes empresas já visto em movimentos voltados para startups em todo o mundo.
Cada uma das 100 startups escolhidas pelo movimento foi avaliada e recebeu feedback de mais de 20 avaliadores, entre executivos de grandes empresas, investidores e profissionais do mercado. Da lista, 95% das finalistas estão em estágio de prototipagem e prontos para realizar projetos pilotos, 60% em faturamento e cerca de 30% já captou investimento superior a R$300 mil.
Ao todo, 48 startups despertaram o interesse de pelo menos três grandes empresas do movimento. Uma das “tops” do ranking das “100 Open Startups”, com mais de dez grandes empresas interessadas, é a Virtual Care, startup de São Paulo que trabalha com sistema para monitoramento de alarmes e gerenciamento de ocorrências baseado na análise do comportamento de pessoas. Saúde, educação, recursos humanos e mobilidade estão entre as áreas de maior concentração das startups do movimento.
“A vibração dos empreendedores ajuda executivos a driblar o desânimo causado pela atual crise econômica, o que é um passo muito importante”, diz o investidor Bruno Rondani, mentor do movimento. Ela passou pela Europa e pelos Estados Unidos para desenhar a proposta da iniciativa, que teve a primeira edição no ano passado.
O que acontece agora?
A partir de agora, os empreendedores das “100 Open Startups” selecionadas seguem em contato com as grandes empresas até a 8ª edição do Open Innovation Week, em fevereiro, em São Paulo, quando acontece um networking pessoalmente.
“As 100 startups terão de trabalhar e refinar propostas de projetos pilotos com as grandes empresas. A ideia é que cada startup tenha pelo menos três manifestações de interesse pela sua proposta. Quem não conseguir poderá ceder a vaga a outras startups que ainda podem aderir ao movimento”, diz Bruno.
Para se ter uma ideia, as 100 startups eleitas no ano passado circularam nos corredores do Open Innovation Week com seus pôsteres e convidaram livremente os mais de 400 executivos de grandes empresas presentes a conhecer e discutir suas propostas. Algumas dessas startups obtiveram mais de 20 feedbacks e avaliações dos executivos. Juntos, a rede de investidores e de empresários ainda anunciou algumas iniciativas durante o evento, que não estavam previamente planejadas:
– 4 startups foram agraciadas com bootcamps no exterior
– 2 startups tiveram investimentos anunciados no evento totalizando R$ 3,8 milhões
– 4 startups se qualificaram para receber recursos de subvenção do Edital Sesi-Senai de Inovação no valor de R$ 1,2 milhão
– Fundos de investimento e grandes empresas anunciaram o interesse em continuar a relação com algumas startups selecionadas oferecendo mentoria e sessões técnicas
Neste ano, a ideia é aumentar o número de projetos submetidos e fazer anúncios ainda mais interessantes para as 100 startups finalistas.