18/11/16 15h19

As 10 empresas brasileiras com maior presença no exterior

Pesquisa da Fundação Dom Cabral está na 11ª edição e analisou 64 companhias. A fabricante de descartáveis Fitesa lidera a lista das mais internacionais

Exame

A Fitesa, líder na fabricação de descartáveis higiênicos e médicos de materiais que não são tecidos, é novamente a empresa brasileira com maior atuação no exterior, segundo estudo da Fundação Dom Cabral.

A pesquisa, que está na 11ª edição, analisou 64 companhias. Delas, 50 são multinacionais e 14 atuam fora do país por meio de franquias.

Os dados levam em conta o desempenho das organizações durante o ano de 2015. Na média, o índice médio de internacionalização das multinacionais cresceu de 21,8% em 2014 para 26,1% em 2015, um aumento inédito de quase 20%.

O índice leva em consideração os ativos, receitas e funcionários dessas empresas no exterior em relação ao total.

Para a Fitesa, o indicador atingiu 73,9%. No ano passado, ela anunciou a expansão de linhas de produção na Europa, Estados Unidos e América do Sul.

A segunda colocada, Iochpe-Maxion, que produz autopeças e equipamentos ferroviários, alcançou um índice de internacionalização de 66%.

Em 2015, por conta da demanda fraca por parte da indústria de automóveis do país, a companhia reforçou as operações no NAFTA (bloco econômico dos países da América do Norte) e Europa.

Conheça as 10 empresas nacionais com mais presença em outros territórios.

PosiçãoEmpresaÍndice de internacionalização
1 Fitesa 73,9%
2 Iochpe-Maxion 66,5%
3 CMZ 63,7%
4 Intercement 62,4%
5 Stefanini 61,9%
6 Artecola 60,7%
7 Gerdau 57,8%
8 JBS 57,6%
9 Metalfrio 55,5%
10 Grupo Alumini 48,0%


Onde elas estão

As companhias nacionais têm presença em todos os continentes e em 99 países. Os Estados Unidos continuam sendo o território estrangeiro com a maior quantidade de corporações brasileiras. Veja os 10 lugares onde elas mais estão.

PaísQuantidade de filiais
Estados Unidos 40
Argentina 31
Chile 25
Colômbia 23
China 22
México 21
Peru 20
Uruguai 19
Reino Unido 16
Paraguai 15

 

Autonomia das filiais

A maior parte das companhias (67,7%) manteve a autonomia das filiais no último ano. Outras 29,1% aumentaram a independência das subsidiárias e 4,2% diminuíram.

“Notamos que as multinacionais brasileiras têm, gradativamente, descentralizado parte de suas decisões, passando-as para as subsidiárias. Isso tende a aumentar à medida que a empresa adquire mais experiência internacional e adapta seus processos e rotinas às localidades onde atua”, diz em nota a professora Livia Barakat, Fundação Dom Cabral, uma das responsáveis pelo estudo.

Crise?

A maioria das empresas (74,6%) afirmaram que seus planos internacionais foram afetados de alguma forma pela crise política e econômica no Brasil. Para 28,5% delas, a interferência foi grande. Outas 25,4% disseram que não mudaram sua estratégia para outros países.

De uma forma geral, 78% ampliaram os investimentos fora do Brasil.