As 10 empresas brasileiras com maior presença no exterior
Pesquisa da Fundação Dom Cabral está na 11ª edição e analisou 64 companhias. A fabricante de descartáveis Fitesa lidera a lista das mais internacionais
ExameA Fitesa, líder na fabricação de descartáveis higiênicos e médicos de materiais que não são tecidos, é novamente a empresa brasileira com maior atuação no exterior, segundo estudo da Fundação Dom Cabral.
A pesquisa, que está na 11ª edição, analisou 64 companhias. Delas, 50 são multinacionais e 14 atuam fora do país por meio de franquias.
Os dados levam em conta o desempenho das organizações durante o ano de 2015. Na média, o índice médio de internacionalização das multinacionais cresceu de 21,8% em 2014 para 26,1% em 2015, um aumento inédito de quase 20%.
O índice leva em consideração os ativos, receitas e funcionários dessas empresas no exterior em relação ao total.
Para a Fitesa, o indicador atingiu 73,9%. No ano passado, ela anunciou a expansão de linhas de produção na Europa, Estados Unidos e América do Sul.
A segunda colocada, Iochpe-Maxion, que produz autopeças e equipamentos ferroviários, alcançou um índice de internacionalização de 66%.
Em 2015, por conta da demanda fraca por parte da indústria de automóveis do país, a companhia reforçou as operações no NAFTA (bloco econômico dos países da América do Norte) e Europa.
Conheça as 10 empresas nacionais com mais presença em outros territórios.
Posição | Empresa | Índice de internacionalização |
---|---|---|
1 | Fitesa | 73,9% |
2 | Iochpe-Maxion | 66,5% |
3 | CMZ | 63,7% |
4 | Intercement | 62,4% |
5 | Stefanini | 61,9% |
6 | Artecola | 60,7% |
7 | Gerdau | 57,8% |
8 | JBS | 57,6% |
9 | Metalfrio | 55,5% |
10 | Grupo Alumini | 48,0% |
Onde elas estão
As companhias nacionais têm presença em todos os continentes e em 99 países. Os Estados Unidos continuam sendo o território estrangeiro com a maior quantidade de corporações brasileiras. Veja os 10 lugares onde elas mais estão.
País | Quantidade de filiais |
---|---|
Estados Unidos | 40 |
Argentina | 31 |
Chile | 25 |
Colômbia | 23 |
China | 22 |
México | 21 |
Peru | 20 |
Uruguai | 19 |
Reino Unido | 16 |
Paraguai | 15 |
Autonomia das filiais
A maior parte das companhias (67,7%) manteve a autonomia das filiais no último ano. Outras 29,1% aumentaram a independência das subsidiárias e 4,2% diminuíram.
“Notamos que as multinacionais brasileiras têm, gradativamente, descentralizado parte de suas decisões, passando-as para as subsidiárias. Isso tende a aumentar à medida que a empresa adquire mais experiência internacional e adapta seus processos e rotinas às localidades onde atua”, diz em nota a professora Livia Barakat, Fundação Dom Cabral, uma das responsáveis pelo estudo.
Crise?
A maioria das empresas (74,6%) afirmaram que seus planos internacionais foram afetados de alguma forma pela crise política e econômica no Brasil. Para 28,5% delas, a interferência foi grande. Outas 25,4% disseram que não mudaram sua estratégia para outros países.
De uma forma geral, 78% ampliaram os investimentos fora do Brasil.