02/09/08 14h54

Arysta investe para dobrar de tamanho no país em cinco anos

Valor Econômico - 02/09/2008

Ao completar 40 anos de atuação no Brasil, a fabricante de defensivos agrícolas Arysta LifeScience, de origem japonesa, decidiu ampliar o peso do país nos negócios globais da companhia, que atua em 125 países. A companhia lançou um plano para dobrar de tamanho no país nos próximos cinco anos. Com esse aumento, o braço brasileiro da empresa passará a responder por pelo menos um quinto de todas as vendas do grupo. "Isso é reflexo do aumento da importância da agricultura brasileira. O país tem uma economia estável e apresenta uma grande oportunidade para o crescimento da atividade", disse ao Valor Christopher Richards, presidente e principal executivo da companhia. "O Brasil tem muita área para a expansão da agricultura e tradição no setor, tanto em produção quanto em exportação". Com faturamento de cerca de R$ 300 milhões (US$ 155,4 milhões) em 2007, a unidade brasileira responde por cerca de 15% da receita global do grupo, que em 2007 foi de US$ 1,3 bilhão. Em cinco anos, ao dobrar de tamanho, segundo a programação, a fatia do Brasil será sempre superior a 20%, segundo o executivo. O plano inclui a construção de uma nova linha de produção de defensivos, que funcionará em Salto de Pirapora (SP), no mesmo complexo em que empresa tem seu parque fabril. O investimento nessa linha será de US$ 3 milhões. Com o desembolso, a capacidade de produção da unidade, que é atualmente de 9 mil toneladas anuais por turno, será ampliada em 10% a 11%. Tradicional no mercado de defensivos para as lavouras de frutas e verduras, a Arysta vai reforçar suas vendas de produtos voltados às plantações de cana-de-açúcar. A empresa afirma ter participação de 4% nas vendas totais desse nicho no país, que são de cerca de US$ 670 milhões, mas pretende elevar a fatia para 11%. O reposicionamento no mercado brasileiro também incluirá a entrada no mercado de produtos para pastagens, no qual a empresa ainda não atua. O projeto de dobrar de tamanho no Brasil em cinco anos poderá incluir também a aquisição de empresas no país, mas essa alternativa, afirma Richards, é secundária. Os investimentos na Arysta ocorrerão também para novas contratações e reforço de maquinário, mas sobre esses aportes a empresa não apresentou maiores detalhes.