18/11/09 10h59

Arconvert chega ao País e quer 18% do mercado

DCI

Com foco em um potencial de crescimento de 10% a 12% ao ano no mercado brasileiro e especial interesse no Mercosul, a Arconvert Brasil inaugura, hoje, sua primeira fábrica que produzirá até 90 milhões de metros quadrados de autoadesivos por ano.

A planta de Jundiaí, construída em um terreno de 35 mil m², consumiu R$ 50 milhões (US$ 29,1 milhões) e tem um faturamento previsto para 2010 de R$ 100 milhões (US$ 58,1 milhões). A meta da empresa é conquistar 18% do mercado brasileiro e exportar 30% da produção para os países do Mercosul, principalmente a Argentina, onde não há grandes produtores, segundo Sergio Tosolini, diretor-geral da Arconvert na Itália. Na Europa, a empresa possui 28% do mercado italiano e exporta 55% de sua produção.

A Arconvert Brasil é uma joint venture entre o grupo italiano Fedrigoni, com 60% de participação, e a Gafor, com 40%, companhia brasileira com negócios e operações em logística e distribuição, agropecuária e empreendimentos imobiliários.

A Gafor importava o produto da Itália e distribuía no Brasil. De acordo com Roberto Restino, diretor-geral da unidade, os prazos de entrega e o câmbio passaram a prejudicar a competitividade do produto importado. "Com a instalação de uma fábrica no Brasil teremos mais competitividade e dinamismo para atender o aumento da demanda", afirma. A unidade brasileira contará, inicialmente, com cinco linhas de produtos - papel couchê, papel térmico, transtérmico, filmes polipropileno e vinil - que serão destinados para rótulos e etiquetas de embalagens dos setores alimentício, farmacêutico, químico, cosmético, de higiene, bebidas, entre outros.

Segundo dados divulgados pela Arconvert, 40 bilhões de m² de rótulos e etiquetas são consumidos anualmente no mundo, dos quais 40%, cerca de 16 bilhões de m², são autoadesivos. No Brasil, 25% do mercado utilizam papéis autoadesivos, com um consumo médio de 2 a 3 m² per capita. Na Europa, a participação no mercado chega a 40%.

Tosolini afirma que as previsões de crescimento para o Brasil "são fantásticas", mas que a aplicação do autoadesivo depende do nível de desenvolvimento de cada indústria. "O autoadesivo substitui o manual, requer investimento e faz parte da industrialização em si", reforça. No Brasil, os dois maiores mercados de autoadesivos são os setores de cosméticos/higiene pessoal e o de limpeza do lar.