Araraquara: região amplia exportações no primeiro bimestre de 2021
Relatório do Ciesp/Fiesp mostrou que as negociações cresceram em comparação ao mesmo período de 2020
A Cidade ONAs exportações da regional de Araraquara do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que engloba 17 municípios, cresceram 72,6% no primeiro bimestre de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020.
Segundo os dados mais recentes do relatório Balança Comercial das Diretorias Regionais, esses números posicionam a regional araraquarense em segundo lugar entre as 37 representações da entidade que registraram crescimento, ficando atrás apenas de São Caetano do Sul.
As principais exportações registradas no período foram do setor aeronáutico (32,7%), açúcares e produtos de confeitaria (28%) e preparação de produtos hortícolas (20,2%). No total, os negócios externos movimentaram US$ 246,4 milhões. De acordo com diretor do Ciesp Araraquara, Ademir Ramos, a alta do dólar teve grande influência nos números positivos, além da região ter grande potencial de exportação.
"Temos que destacar algumas coisas que tem favorecido nossa regional. Primeiro, estamos em uma região sucroalcooleira muito forte, com grande parte dos produtos voltados para o exterior e temos um parque aeronáutico que começa a se fortalecer. Em um segundo plano eu diria que a valorização do dólar frente ao real tem ajudado muito nesse resultado", afirma.
"É importante dizer que nossa importação tem caído relativamente bem e, claro, melhor ainda, traz o resultado da nossa balança. Diria ainda que não é demais deixar de lembrar que esse resultado positivo para a nossa regional começou em 2019, quando tivemos resultados significativos nessa época e graças a Deus tem se mantido", completa.
Já as importações somaram US$ 18,2 milhões e ficaram concentradas em máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (18,8%), vidros e suas obras (13,9%), plásticos e derivados (9,5%). Em comparação com o ano passado, o resultado é 19,6% menor.
Ademir diz que a falta de matéria-prima para a indústria, além de outros suprimentos, ainda é uma realidade em razão da pandemia. A expectativa é que a situação deve ser regularizada nos próximos meses.
"Não está como antes, ainda temos dificuldades. Não é só com os insumos, questão de embalagem. Há inclusive matéria-prima, que temos certa dificuldade e devagar está se normalizando. Todo mundo encolheu, parou a produção, então isso afeta toda a cadeia, pois a medida que a questão da pandemia começa a resolver, questão de vacinação que é importante, acho que a questão de insumos e matéria-prima começa a regularizar", finaliza.