Anhembi está concluindo projeto de expansão
Gazeta Mercantil - 13/11/2006
Com faturamento de US$ 1,1 bilhão no ano passado, o complexo tem agenda cheia até 2008. O Parque Anhembi, maior centro de eventos da América Latina, com área total de 400 mil m², está no limite de sua capacidade para grandes eventos e ensaia um movimento de expansão. De acordo com Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo, empresa controlada pela Prefeitura de São Paulo, o projeto está quase pronto, dependendo de alguns detalhes para sua finalização. Um deles é uma audiência com o presidente Lula para as negociações finais do primeiro passo concreto: a incorporação ao Complexo Anhembi, como também é conhecido, de uma área do Campo de Marte, que pertence ao IV Comar (Comando Aéreo Regional). Neste espaço seria construída uma grande arena para shows, com 41 mil m² e capacidade para 100 mil pessoas, novo centro de convenções, estacionamento e um parque popular, em área de reserva da Mata Atlântica. Para o atual Pavilhão de Exposições, que foi inaugurado em 1970, com a realização do 1º Salão do Automóvel, prevê-se ampliação e um novo pavimento, o que triplicaria sua área útil para exposições e feiras. Ao lado, seriam construídos um grande estacionamento vertical para mais de 40 mil veículos e um novo centro de convenções com dois andares e um shopping center. A área hoje conhecida como Parque do Gato, localizada do outro lado da Marginal Tietê, também seria parte integrante do Complexo Anhembi. O espaço abrigaria a Cidade do Samba, com barracões para as escolas de samba paulistanas e espaço para realização de eventos. Para ligar os dois lados do rio, uma grande passarela seria erguida, funcionando também como shopping de serviços. Os projetos devem caminhar juntamente com um estudo para melhoria de transporte público na região, incluindo estações de metrô e ligações diretas com os aeroportos da cidade. Uma das formas de financiamento seriam as parcerias público-privadas (PPPs) e, segundo Carvalho, já existem sondagens de muitas empresas interessadas em participar do projeto. Se houver necessidade de investimento público, uma lei precisaria ser aprovada pela Câmara Municipal. Para Carvalho, essa ampliação é necessária para a cidade não perder uma receita que no ano de 2005 chegou a US$ 1,1 bilhão e corresponde a 30% do que poderia ser faturado, pois há muita informalidade no setor.