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Angelina Jolie roubou a cena, mas rio Piraí ganhou apoio

Valor Econômico - 09/10/2007

Angelina Jolie, naturalmente, roubou a cena. Bastou a atriz aparecer no encontro anual do Global Clinton Initiative, o centro de sustentabilidade do ex-presidente Bill Clinton, que o frenesi tornou impraticável continuar seguindo no telão as discussões sobre florestas e mudanças climáticas. O evento foi há 15 dias, no Sheraton Nova York e reuniu empresários, chefes de Estado, ONGs e celebridades. Era o ponto alto do trabalho que a Coca-Cola Brasil desenha há três anos e que prevê o reflorestamento de três mil hectares das margens de rios da Serra do Japi que percorrem a região de Cabreúva, Itu, Salto e Indaiatuba. Serão 3 milhões de árvores de 80 espécies nativas. O seqüestro de carbono previsto é de 300 mil toneladas de CO2 nos primeiros cinco anos e mais de 3 milhões de toneladas em 30 anos. A parte bancada pela empresa vem também da Femsa, maior engarrafadora da Coca no País, que fica em Jundiaí mas não utiliza água do Piraí. No projeto há o aval de peso do Heinz Center, ONG presidida por Thomas Lovejoy, o famoso especialista em biodiversidade. A condução é feita pelo Instituto Coca-Cola Brasil, o braço sustentável da empresa. A consultoria Plant cuida de torná-lo elegível ao mercado de carbono, em acordo com o Protocolo de Kyoto. Não há, ainda, nenhum projeto de reflorestamento com direito a créditos de carbono aprovado no Brasil. Aliás, só há um no mundo, na China.