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Andima e Anbid preparam fusão para 2009
Valor Econômico - 20/10/2008
Duas das principais entidades do mercado financeiro brasileiro, a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) e a Associação Nacional das Instituições de Mercado Aberto (Andima) iniciaram um processo de união que pode ser concluído ainda no próximo ano. Conforme anúncio feito na sexta-feira, as duas entidades estão contratando uma consultoria para cuidar da união, que visa aumentar a sinergia entre as entidades e agregar mais valor ao mercado. A expectativa é de que o estudo esteja concluído no máximo até janeiro, afirma Marcelo Giufrida, presidente da Anbid. "Com base nesse estudo, esperamos conseguir cumprir as formalidades até o fim do primeiro trimestre e, se os associados concordarem, começar a implantar as mudanças ao longo de 2009", diz Giufrida. Segundo ele, as conversas entre as diretorias das duas entidades começaram há um mês e meio, e não tiveram a ver necessariamente com a crise internacional que atingiu também o mercado brasileiro. "Mas a consolidação é uma tendência meio natural das organizações", diz Giufrida. O processo foi acelerado pela separação da Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip) da Andima, o que retirou da associação a parte mais comercial, referente ao registro das operações e guarda dos papéis emitidos por bancos e empresas, como CDBs, debêntures, CCBs, LCAs e outros papéis privados. "A desmutualização da Cetip tornou a Andima mais parecida com a Anbid, com uma atuação de representação política das entidades associadas, auto-regulação e serviços", explica Giufrida. São cerca de cem os associados da Anbid e uns 200 da Andima, muitos deles que participam das duas entidades. "E com a união você agrega gente que estava em uma e não estava na outra e isso acaba fortalecendo o todo", explica Giufrida. Por isso foi fechado o acorde de intenções na semana passada. "Embora as diretorias achem que a união faz todo o sentido, resolvemos contratar uma consultoria para fazer uma avaliação racional da fusão", diz. O trabalho das duas entidades, lembra ele, é complementar, o que permitiria racionalizar as operações.