América Móvil espera investir cerca de US$ 3 bilhões no Brasil em 2015
TeletimeEm 2010, a América Móvil anunciou um plano plurianual até 2015 que previa investimentos de cerca de US$ 10 bilhões por ano para a América Latina. Para o Brasil, a quantia fica entre US$ 3 bilhões e US$ 3,5 bilhões, segundo revelou o CEO da América Móvil, Daniel Haaj, durante conferência para investidores nesta sexta-feira, 24. Quando perguntado quanto do Capex total anual para a região viria para o Brasil, Haaj estimou: "Entre 30% e 35% desse Capex vai para o Brasil, mais ou menos".
O executivo explicou que parte dessa quantia é destinada ao cumprimento de obrigações por conta de leilões, como no caso dos últimos certames de espectro para 4G. "Outra parte do Capex é onde vemos que temos oportunidades, como na TV, nos acessos fixos, na banda larga, e vamos ver onde está o Capex e vamos avaliar as oportunidades lá", disse ele, confessando que a quantia e os objetivos específicos para 2015 ainda não estão definidos, mas destacando investimentos em infraestrutura.
Estrelas em alinhamento
Como tem acontecido pelo menos há um ano, o assunto da consolidação do mercado brasileiro sempre vem à tona em conferências de resultados financeiros. Ressaltando essa insistência – e consequente indefinição do papel do grupo nessa tendência –, o diretor financeiro executivo da América Móvil, Carlos García Moreno Elizondo, declarou que vê "sementes da proposta", mas que ela impõe vários desafios. "Estaríamos abertos a considerar se as estrelas se alinhassem, gostaríamos de participar em algo, mas há desafios significativos a serem ultrapassados", declarou.
"Ainda achamos que o Brasil é um país de oportunidade, com muito crescimento a dar, e queremos participar nesse crescimento", disse o CEO, Daniel Haaj, referindo-se a crescimento orgânico. A aposta é que, passadas as eleições, em 2015 o cenário econômico brasileiro vai se recuperar, embora o executivo afirme estar "confortável" com a situação da companhia em geral. "Não estamos olhando em curto prazo, mas em longo prazo; e achamos que o Brasil será um país muito bom e lucrativo".