23/09/09 10h32

Alta consolida mudança no perfil de risco

O Estado de S. Paulo

A elevação dos ratings da economia brasileira pela Moody's Investor Service, de Ba1 para Baa3, consolida a melhora do perfil de risco do País. A avaliação é do economista-chefe do Itaú Unibanco e ex-diretor de Política Econômica do Banco Central, Ilan Goldfajn. Em nota à imprensa, o chefe do Departamento Econômico do Itaú Unibanco lembra que a Moody"s é a terceira agência a elevar o Brasil a grau de investimento. "As duas primeiras foram importantes sinalizadores da melhora do perfil de risco do País, a terceira consolida esse patamar", diz Goldfajn, referindo-se ao upgrade concedido pela Standard & Poor's em 30 de abril do ano passado e à elevação da avaliação pela Fitch Ratings em 29 de maio, também do ano passado.

Ainda segundo o economista-chefe do Itaú Unibanco, "esta elevação tem também um simbolismo importante, já que ocorre logo depois da crise". "Reforça a ideia de que estamos saindo bem da crise." Na opinião do economista-chefe do Banco Santander e ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, a elevação dos ratings da economia brasileira pela Moody's é o reconhecimento da resistência do Brasil à crise mundial.

O economista-chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, observa que, apesar de já esperada, a concessão do grau de investimento pela Moody"s veio acompanhada de uma avaliação especialmente positiva da economia brasileira, dos seus fundamentos, da qualidade da sua política econômica e das respostas dos País à crise financeira internacional. "Ao colocar o Brasil entre os vencedores, mesmo entre aqueles da categoria de grau de investimento, a Moody's reconhece que o País vai ocupar um papel de grande destaque no desenho da economia mundial no pós-crise."