06/06/07 13h31

Agroindústria recorre à Bolsa para se capitalizar

Gazeta Mercantil - 06/06/2007

O campo definitivamente enxergou na oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) uma estratégia para seu financiamento. Em 2004, nenhuma empresa do agronegócio estava no Novo Mercado ou nos Níveis de Governança da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No ano passado, foram quatro e, até ontem, mais seis - considerando as que ainda aguardam aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a abertura de capital. O setor representa, desde 2005, cerca de 10% do total de empresas que ofertam ações na Bovespa e hoje é o segundo grupo que mais aguarda análise na CVM - atrás apenas do sistema financeiro. A última empresa do agronegócio a solicitar a abertura de capital foi a Açúcar Guarani S.A.. Os segmentos sucroalcooleiro e o de frigoríficos são os que dominam a oferta de ações neste ano. Para Fernando Pimentel, diretor da Agrosecurity o boom deste ano se deve a um "efeito reflexo", ou seja, a entrada de uma grande empresa leva seus concorrentes a solicitarem a abertura de capital. "Se o concorrente abre, você fica desfavorável", afirma. É o caso da Cosan - que provocou o IPO da São Martinho e a solicitação da Açúcar Guarani - e da JBS - que levou o Minerva e o Marfrig a pedirem a análise de oferta de ações pela CVM.