24/08/09 09h54

Agências de fomento estaduais querem ampliar repasses do BNDES

Valor Econômico

As agências estaduais de fomento, que recentemente tiveram ampliadas as atividades por resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), querem melhorar e fortalecer a relação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no repasse de recursos para micro, pequenas e médias empresas. A aproximação com o BNDES será uma das prioridades da nova diretoria da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), que toma posse quarta-feira. A entidade reúne 26 instituições entre agências de desenvolvimento, bancos federais e estaduais de fomento.

O novo presidente da ABDE, Maurício Chacur, da Investe Rio, disse que há um enorme espaço a ser ocupado pelas agências de fomento como repassadoras das linhas de financiamento do BNDES para micro, pequenas e médios empresários. "Queremos criar um sistema público de financiamento no qual o BNDES seja a âncora e as agências, os parceiros estratégicos", disse Chacur. A ideia é fazer com que o fluxo de recursos entre o BNDES e as agências seja mais ágil. Hoje a burocracia e a reanálise dos processos podem fazer com que os pedidos de financiamento das empresas levem meses para serem aprovados, disse Chacur.

"Há uma série de conhecimentos que o BNDES tem e que poderia tornar mais ágil o aprendizado das novas agências e daquelas que estão se constituindo", disse o novo presidente da ABDE. Ele cita como exemplos a experiência do BNDES na classificação de risco e na análise de viabilidade econômico-financeira de projetos. Chacur assume a ABDE no lugar de Pedro Falabella, em evento na sede do BNDES, em Brasília. A cerimônia contará com a presença do presidente do banco, Luciano Coutinho. Para ele, o fortalecimento das agências de fomento é prioridade para o BNDES, pois o acesso a pequenas empresas e arranjos produtivos locais, sobretudo nos Estados menos desenvolvidos, é um grande desafio para o banco, que não tem capilaridade.